segunda-feira, 8 de setembro de 2008

O Iglo nos Caminhos de Santiago | Etapa 1

FERROL -> NEDA




A chegada à estação de comboios foi faseada: primeiro os que têm fama de serem atrasados, depois os que se gabam de nunca se atrasarem!... sim, foi assim mesmo leram bem... não se trata de um replay do apanham os foguetes e deitam as canas... o que só mostra que presunção e água benta...


A viagem foi passada entre sonecas e fotos de lesmas amarelas! 25 fotos para ser mais precisa!... valeu que desta vez não havia gaija boa à espera de ser fotofichada enquanto a lesma posava!
Chegados a Ferrol estava na hora de começar a andar... ou não... lembram-se que o ano passado um dos verdadeiros esqueceu-se da sua credencial de peregrino em casa? Pois bem, quem melhor para ficar responsável por TODAS as nossas credenciais este ano? quem ah?... e onde é que acham que ficaram TODAS as nossas credenciais este ano? onde ah?... nós somos mulas todos os dias!


Portanto fomos tomar o segundo pequeno almoço e dar uma volta por Ferrol a ver se conseguiamos descobrir onde podiamos encontrar credenciais do caminho inglês. A primeira tentativa, numas mongas de clausura, mostrou que o português é muito corajoso, muito corajoso, mas em algumas coisas é a mulher que vai à frente... tipo quando aparece uma gaija a falar por detrás de uma grade pequenina “mira xica que no comprendo”... depois de muito penar lá conseguimos encontrar o posto de turismo da Xunta e obter as nossas credenciais... bem mais giras que as que tinhamos diga-se!


A 1ª etapa, também conhecida como “O Passeio” eram 14 km. Houve quem efectivamente aproveitasse pa passear (e comer amoras)... houve quem levasse a coisa a sério e como caminho é caminho toca a caminhar... afinal 14 km passam rápido... tão rápido que houve quem avançasse o albergue!

Apesar do passeio parece que chegamos estafados... pelo menos parecia que uma bomba atómica tinha caído sobre nós... e é nessa altura que vêm abrir-nos a porta: o senhor das chaves, a polícia e o australiano com queda pó tinto!



À primeira vista dir-se-ia que iamos ter o albergue todinho para nós... mas demorou pouco tempo até que espanhois, italianos de barcelona, e ainda italianas de itália, e mais um casal maravilha se juntassem a nós! Com semelhante enchente do “nosso espaço” foi altura de irmos explorar Neda, a bela terreola onde nos encontrávamos. Fieis ao nosso propósito de andar até espichar passeamos um bom bocado junto a um antigo moinho e só voltamos para casa porque havia gente muito, muito interessada em tomar banho!











O jantar foi um sucesso... o resto do povo que tinha chegado depois de nós não tinha visto ainda a nossa magnífica viatura! Portanto arregalaram os olhos pó prato, tacho e colher de pau numa clara reverência “estes gaijos caminham com isto tudo às costas!”... e pronto, teria sido a nossa noite de glória, não fossem dois igloeiros, certamente inspirados pelas perfuradoras da noite anterior em A Coruña, terem decidido que muito silêncio na hora da caminha até pode fazer mal à digestão de forma que se calhar o melhor é embalar a malta... mas como já todos tinhamos aprendido a dizer por essa altura: já dormi pior... e a pagar!

Post escrito pela Cocas, quasi Doutora Cocas

3 comentários:

cláudia disse...

Depois desta etapa todos vão querer fazer o caminho, mas sem nós...ih ih ih

cláudia disse...

Pois, eu só queria acrescentar... que foi nesta etapa que alguém tentou arduamente passar a ponte pa Espanha...e perguntava "É esta ponte que passamos para ir pa espanha?" ih ih ih

Sandra disse...

Gostava apenas d ressalvar que o ENGANO da ponte para espanha, aconteceu pq m concentrei mto no caminho e geralmente ha uma ponte assim...eu vou concentrada, nao vou a regar morangos, qual é??? ou a leave xi xi p tdo o lado...eu concentro m no espirito da coisa..