sábado, 22 de dezembro de 2007

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

17 DEZ'08 | é feriado no Iglo - dia nacional do Nando!


17 de Dezembro de 2007, 22h, cidade do Porto. Três carros aproximam-se de uma rua sem saída e estacionam em frente à porta de um prédio. As luzes apagam-se e ouve-se o bater de portas que ressoa nas fachadas e na escuridão da noite. Lentamente, os ocupantes dos carros penetram no interior do edifício e começam a subir um lanço de escadas, depois outro... até que chegam ao patamar onde uma porta jaz aberta, deixando ver pela frincha um corredor iluminado:


SURPRESA!!!


O aniversariante sorri, afinal é difícil surpeendê-lo depois de tantos anos... raposa velha! Mas no seu sorriso aberto adivinha-se o contentamento de ver a casa invadida por uma horda de gente barulhenta.


Come-se, bebe-se e brinda-se ao Nando: hoje é o seu dia e o dia em que todos nós lhe desejamos felicidades a dobrar, a triplicar, a quintuplicar... a bilionipicar! E em que lhe damos prendas, umas mais jeitosas, outras mais mal cheirosas, outras ainda com sentimento manu-a-manu... mas em quantidade! Afinal são 32 anos, merece receber, no mínimo 32 prendas... não chegámos lá, mas ficámos perto... pró ano há mais!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Mito ou Lenda?

O tempo passa e continuamos a espera que alguns membros do nosso mui nobre grupo se dignem dedicar um pouco do seu tempo a escrever um texto acerca de uma viagem já muito remota.

Mito ou Lenda?

É este o dilema com que me tenho debatido...será que esse texto é um MITO ou já será uma LENDA...

Para combater esse meu dilema e relembrar uma vez mais "aquela que todos nós sabemos"
pus disponível uma votação para descobrirmos toda a verdade...

Para ajudar os menos literados aqui vão os significados das palavras..

Mito

do Lat. mythu < Gr. mýthos, fábula

s. m.,
narrativa fabulosa transmitida pela tradição, referente a deuses que encarnam simbolicamente as forças da natureza, os aspectos da condição humana;
narração dos tempos fabulosos ou heróicos;
tradição que, sob a forma de alegoria, simboliza um facto natural, histórico ou filosófico;
construção pura do espírito;
expressão de uma ideia, doutrina ou teoria filosófica sob forma imaginativa onde a fantasia sugere e simboliza a verdade que se pretende transmitir;
lenda;
representação idealizada de um estádio da humanidade num passado ou num futuro fictício;
imagem simplificada, frequentemente ilusória, que grupos humanos elaboram ou aceitam e que tem um papel determinante no seu comportamento;

fig.,
coisa inacreditável, irreal;
fábula;
utopia;
símbolo;
enigma.


lenda

do Lat. legenda

s. f.,
tradição oral ou narrativa escrita de actos praticados por santos ou heróis, conforme a fantasia popular;
conto;
mentira;
patranha;
invenção.

Espero os vossos votos....

domingo, 9 de dezembro de 2007

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

domingo, 4 de novembro de 2007

23 SET'07 | Parte 0 !!

Enquanto esperamos pacientemente que algumas pessoas arranjem tempo para escrever o texto que lhe diz respeito, aproveito para relembrar a manhã do dia 23 onde juntamente com outras 10000 pessoas participamos na mini-maratona do Porto.

Claro que a noite tinha deixado algumas marcas, houve uma desistência de última hora, houveram lanches que pareciam palha na boca de alguns mas nada nos impediu de mais uma vez partirmos à aventura!! ( sim sim depois de uma noite como a que tinha passado ir caminhar de manhã é uma aventura muito radical!!)

No entanto aparecem uns artistas que se lembraram de animar a coisa e do nada começou-se a ouvir uns gritos um pouco estranhos...

Carameloooo.....

Biscoito.....

Chocolate....

e são esses três malucos que recordo com esta publicidade simplesmente deliciosa...

terça-feira, 23 de outubro de 2007

23 SET'07 | Um domingo perfeito para mais um programa a alta velocidade…

Coletes, óculos, chinelos, toalhas, protector solar f50 (ah pois! Ninguém quer rugas antes do tempo… nem mesmo os rapazes, acreditem!), a imprescindível caixinha estanque para levar uns trocos para a famosa sandes de queijo com salpicão e uma snapy-cola bem fresquinha, cordas e a tão alucinante bóiaaa!! Tudo muito arrumadinho… ou não… na mala do carro! Mota atrelada e aqui vamos nós a caminho da praia de Melres.

Na viagem liga-se aos Amigos que nos esperam em Campanhâ, aos que nos esperam na bomba da Galp e aos que acordaram bem cedo e já correm na mini-maratona do Porto…

Enquanto não chegam os estreantes o grupo vai fazendo umas brincadeiras no rio… supostamente andar tranquilamente de mota e de bóia… mas a palavra tranquilamente tem vindo a desaparecer do nosso vocabulário ao longo destes últimos 4 domingos! Quem observa da praia apenas se apercebe de dois pequenos pontos que passam da esquerda para a direita da praia e pelo caminho vão perdendo… coisas? Será pessoas? Pelo menos braços e pernas ainda parecem ter… não se assustem, não é assim tão violento… (o Sr. Engenheiro que o diga!).

O auge deste dia foi a grandiosa chegada da equipa do INEM, qual entrada triunfante numa passadeira vermelha! Um carro aproxima-se, 4 portas abrem-se, enquanto umas quantas pernas peludas de chanatas calçadas pousam suavemente na estrada. As banhistas femininas agarram-se aos cabelos e gritam de entusiasmo como se não houvesse amanhã... Ao fundo ouve-se “todos os patinhos sabem bem nadar” e os 4 corpos herculianos, de t-shirt laranja forte aproximam-se… e eis que a adrenalina atinge o pico… com uma sessão fotográfica a marcar o início da fantástica tarde com um grupo de Amigos do melhor que há!


Bem sentadinhos na mota afastamo-nos da margem para que a corda começasse a esticar… Artur, Miguel e Fernando muito bem deitadinhos na bóia… só por alguns segundos, ihihih, porque a turbina entupida cortou a aceleração da mota e o falso arranque projectou os 3 para a frente. E cá temos o primeiro banhooo!! O trio sobe novamente para a bóia… e para quê? Para mais um banho porque a turbina continua entupida! Entretanto o problema é resolvido e começa a loucura total. A velocidade aumenta à medida que a bóia estabiliza na água.


E lá vão eles para a esquerda… agora ainda mais para a esquerda… agora à que ir para direita, em frente, direita, esquerda, esquerda, frente e PUFFT! Acho que perdemos alguém… ou todos! Eeee agora é que são elas… cansados, molhados, coletes a querer fugir pela cabeça… irão conseguir subir para a bóia? O Artur, já sem caracóis, é o 1º a subir para contrabalançar o peso do Miguel e do Fernando quando eles se tentarem subir para a bóia. - “Lontraaaa” - ouvimos nós na mota… ricos amigos hem? Muito carinhosos uns com os outros, ihih! Mais uma passeata e mais uma fantástica queda. Nunca se percebe muito bem quem cai, como cai e onde cai… é mais pernas, braços, algum cabelo, um splash-pum-catrapum e olhando outra vês já só se vê 3 cabecitas a boiar na água sempre muito sorridentes… um ou outro a resmungar às vezes! Passou meia horinha e chegou a vez de irmos buscar o Samuel a terra firme…



Acho que o Artur sem sequer saiu da bóia, agora não sei se por entusiasmo de querer andar outra vez ou se por incapacidade de mexer um unicozinho músculo que fosse de tão dorido que devia estar, ihih! Miguel e Fernando de pés assentes na areia… Ups! Sentados na areia queria eu dizer. Ai não? Ààà já me lembro, ihih! Deitados na areia a balbuciar algo do género: “não sinto os braços!”, “olha, acho que agora já sinto um bocadinho!”, “isto é melhor que um ginásio.” Artur a posto, Samuel a posto, lugar do meio vazio… mmm! Alguém? O corajoso Max lá saltou para o meio!!


Meus caros, agora é que não há descrição possível para a velocidade com que este novo trio conheceu os cantos ao rio, ihihih! Foi um passeio vafti-vufti… para vê-los só mesmo pegando noutra mota e acompanha-los. Foi o que eu fiz. Qual lugar de pendura qual quê, queria estar mesmo em primeira fila. Esquerda, direita, frente, trás, para cima, para baixo, ou será melhor dizer eixo X, eixo Y e eixo Z (valeu as aulas de cad, hem!). Aguentavam-se forte. Aliás a técnica já era tanta que numa das paragens para trocar umas palavritas o Artur, de tão relaxado que estava, ajustou o colete do Samuel e deu-lhe um jeitinho ao cabelo… não vá ele estar despenteado quando cair, ihihih! Mas foi triunfo de pouca dura porque pouco depois… a bóia ficou vazia! O trio? Nem vê-los… que voo magníficoooo. “E levanta os braços quem quer mais uma voltinha”! Os três Falcões já estavam em cima da bóia ainda não me tinha acabado de rir. Mais um passeio, mais uma banhoca, mais um grande sorriso enquanto se confirma se tudo está intacto, mais uma difícil subida para a bóia, mais uns quantos esticões e finalmente regressa-se à praia onde alguns dormem, alguns observam atentamente e dois se queixam… “já consigo esticar um bocadinho os braços”, “já viste o esfoladela que tens no ombro?”, “e tu na perna!”. Uma tarde em grande, sem dúvida! Um grupo fantástico, um sol radiante, o divertimento ideal e a máquina para registar eternamente este dia. O que realmente “dói” é dar por terminado “um domingo perfeito para mais um programa a alta velocidade…”


No próximo domingo alguém quer vir até à Pala?





Este texto foi escrito pela nossa amiga Susana que é a mãe babada de El-rei D. Afonso...e amiga radical de Tom, desde a Universidade...obrigado...muah!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Extra ! Extra! Tom tornou-se Polkolhão!!!


Palavras-chave
: amigos, música entre nós, fotografias, diversão, amigos Polk, praxe de Tom, dança, Jameson, cerveja, dedicatórias, Jameson, mais danças, vídeos, primeira… de Tom, praxe das migas Polkonetes, músicas fichas…fim-de-semana para a vida

Era uma vez…um certo dia…um certo sujeito intitulado por alguns de Tom Sawyer e de Turio por outros…andava contente da vida, com seus amigos do Iglo quentinho, a saborear um sempre fantástico concerto da Banda dos outros amigos POLK…até que, numa parte do concerto, alguém (Cláudia Gouvinhas) se lembrou que, há e tal, o Tom não era polkolhão…Tom bem tentou negar uma vez mas há segunda, perante a Xana Guida, a dançarina das coisas celtas e complicadas mas belas, já não negou… desde então ficou marcada uma praxe inesquecível para o Tom…


Pois bem.... a festa estava marcada para o dia 22 de Setembro…e assim foi


O fim de tarde achava-se sereno mas já se sentia a brisa do Outono que estava para chegar, um pouco frio, vá lá… mas também à beira mar em Espinho corre sempre aquela brisa…aliás, sempre à beira mar…corre aquela brisa…perfumada com fragrância de maresia…


Tom chegou mais cedo a Espinho para fazer um Check sound com os migos Polk e após alguma espera para afinar os instrumentos e a goela, lá se fez o check sound direccionado…com a roupa normal, do dia-a-dia…e correu tudo bem...fora os quase “tropeçansos” de Tom no material espalhado pelo chão…


Tom pressentia que aquela noite ia ser uma noite muito especial na sua vida… e andava entusiasmado porque sabia que ia estar muito bem rodeado de gente que lhe era muito querida...amigos…


Após jantar no Restaurante Chinês, como se viu ao fim da noite, Tom deu um passeio por Espinho e reencontrou os migos Polk no restaurante…estes, com a sua simpatia natural, sorridentes, logo convidaram Tom a entrar…e Tom entrou…umas piadas com o lento do empregado e uns silenciosos depois, lá foram eles rumo ao JD…mas pelo caminho ainda houve tempo para mais umas silenciosas fragrâncias e para assistir ao Karaoke na rua…sol de pouca dura porque já eram horas de se fazerem ao caminho…e lá iam eles todos contentes quando, no cruzamento… “Ei Tom, não são os teus amigos que estão aí a chegar?!” – Era verdade, a gente lá se encontrou no cruzamento, eles de carro e nós a pé, tal e qual como combinado…chegamos ao mesmo tempo…


O encontro foi animado e Tom ficou muito contente por ver tantos amigos…e por saber que outros mais vinham a caminho e vinham de longe…muito longe…


Fez-se um pouco de sala, cá fora, para sentir a tal brisa…e para fazer um check image/sound direccionado. A coisa até estava a começar bem até “termos” recebido uma sms que alterou um pouco os ânimos do Povo empenhado…sim, era de uma amiga vaquinha que estávamos à espera que aparecesse mas, após um dia complicado e cansativo, já não vinha…a partir daí o check sound/image ficou um pouco alterado e ainda se tentou a técnica do telefonema/movie mas mesmo assim parece que a coisa não pegou...


Perante isto lá entraram no JD e voltaram a sair, por outro lado, para a esplanada porque lo espaço de dentro estava um pouco apertado…e também porque eles gostavam de sentir a brisa…


Um chega p’ra lá Miguel, um troca comigo Célia e outro não venhas daí Miguel depois, lá fomos para dentro que já se faziam ouvir os primeiros acordes do migos a tocar…



Espinho, Bar JD, 22 de Setembro de 2007… praxe do Tom ao Vivo!!!


Ainda o ambiente não tinha aquecido e já o Pedro Polk, o cantor, metia uma cerveja na mão do Tom… e pumba!!! “Imaculada senhora dos pastéis, faz com que o vinho não se acabe nos tonéis; e a aguardente seja cada vez mais forte; juro, jurarei beberei até à morte… quando eu morrer não quero choros nem gritos, quero ao pé de mim cinco, cinco, cinco litros…e vai acima, vai acima e vai baixo e vai ao centro, vai ao centro e bota abaixo….bota abaixo…bota abaixo…bebe essa mer....la la…nem deu” …pois é, nem deu tempo de cantar mais porque Tom já tinha botado tudo abaixo…parecia estar com muita sede…esse Tom…


Depois foi tempo de entrarem em campo as famosas Polkonetes a cantar a afamada música da Dona Maria e das “gaivotas”…e eram muitas as belas damas que se juntaram para ensinar, a quem não sabia, a coreografia do abana a anca e depois abana a saia... dedo indicador da mão direita na boca, dedo indicador da mão esquerda na boca…ou seria o contrário?! Pois bem…”eu cá por coisas até vou mais longe”...e mal acaba esta dança de arregalar os olhos à comunidade “macho”o Pedro Polk, o cantor, que vai casar com a Ana para o ano, decidiu apresentar o famoso Jameson a Tom…O Jameson que normalmente repousa na mesa quadrangular que está em frente aos músicos irlandoleses… O mesmo Jameson que seria companheiro de Tom pela noite dentro... e lá foi...”Imaculada senhora dos pastéis…”…mais uma vez parecia que o copo era pequeno para a sede de Tom… “tens razão”, disse o vocalista de saia aos quadradinhos, e, nem foi tarde nem cedo, acaba de dizer isto e já está a encher novamente o copo dessa bebida escocesa dourada… ”vamos lá!! Imaculada…” mas desta vez Tom foi mais prudente e “botou abaixo” com mais calma…não vá eles quererem fazer um hat trick…


”tas a começar bem...Tom…tás a começar bem”.


E a noite continuou com mais apresentações pessoais do Jameson a Tom e ofertas de Bacardi Caipi aos presentes, bebida mix que os amigos de Tom e igloenses gostavam de absorver, e até receberam algumas porque acertavam nas respostas que davam direito ao copinho com um papel dentro…bons fãs estes que sabem todas as respostas, não?!


Depois foi tempo do Samuel, um polkolhão que decidiu passar um fim-de-semana diferente com a malta do Iglô, pagar uma rodada ao pessoal…cerveja para os manus e decider para as belas princesas, Polkonetes e futuras Polkonetes…e foi tempo de:”Imaculada senhora dos pastéis faz com que o vinho não se acabe nos tonéis...”…e o resto do povo parou no JD para ver tamanho espectáculo de vozes pujantes e bem afinadas…a cantar a melodia sem serem provocados pela banda dos “irlandoleses”. Uns beberam de golada e outros prefiram saborear e tal… mas foi um bom momento de cumbibio patrocinado pelo Samuel que mais tarde iria ser intitulado de biscoito, mas isso é outra corrida…


Eis que chegam mais amigos de Tom… estes vinham de Baião e do Marco de Canaveses…vinham de longe e muito longe…e logo a seguir mais amigos de Oliveira de Azeméis para se juntarem aos que já lá estavam…e a festa continuou, com mais danças e Jameson, até que chegou o momento que tinha sido anunciado logo no inicio do espectáculo…a praxe de Tom…


”vá lá, arranjem uma cadeira…” e Tom saltou para cima da cadeira …”Pede aí a esse moço que está atrás do balcão para controlar aí uma caneca aí pró moço..” Disse o Pedro Martins Polk.


E prosseguiu…


- ”Ó Tom, conta lá…pera aí, pera aí, pera aí, pera aí... não, é que tu tens de ser assim à maneira, isto tem de ser com outro sound…Ó Tom… conta lá há quanto tempo é que tu nos conheces?
- Há muito, repondeu Tom…
- Há mais prái de dois anos não?!
- Praí…

- E ainda não és Polkolhão?
- Não…

- E não tens vergonha?! (Tem tem… ouve-se ao fundo…)

- Alguma, disse Tom.
- Andares a enganar esta gente toda, a obrigares pessoas a ir para po
lkolhão e pa polkonete e tu n eras…quem é que te descobriu a carapuça?
Tom e um reforço de voz de fundo disseram: Cláudia Gouvinhas…
- Foi a Cláudia? Haaaa, foste tu Cláudia?... ai foste tu… então vais beber uma de penalty que é para…não tens nada de ser bufa…que dar com a língua nos den
tes…”


Estava tudo preparado, física e psicologicamente, para o início da praxe de Tom quando surgiram mais candidatos a polkolhão…


- oh não não..mas esse pessoal é assim..olha..tu para seres Polkolhão o que é que vais fazer? é que ele tá a beber desde o início da noite, tu quantas já bebeste hoje?! Então o Palha, sim é esse o nome dele, lá disse… não sei… mas pela resposta parecia é que não tinha bebido e tal…


Ao todo foram mais 3 que se juntaram a Tom para serem praxados.


E então o animador Cantor lá explicou como ia funcionar a coisa…primeiro vem a caneca…de cerveja, lá está…têm de a beber de penalty… e depois vem a dança da Regueifa onde se canta “anda Polkolhão que te comem a Regueifa!” e depois, a parte da coreografia todos vão fazer como o Tom fizer…uiii… foi então que se notou um ar de medo na cara dos outros candidatos a Polkolhões com receio daquilo que o Tom poderia fazer…


Já de canecas na mão e depois de encontrar a tonalidade da música lá começaram a cantar a música do ataque à caneca: “Imaculada senhora dos pastéis…” nesta altura Tom, recorrendo à técnica do seu manu Miguel, sente necessidade de ter uma pequena conversa com a dita cuja caneca…”vá lá caneca… não me deixes ficar mal…vais colaborar comigo e vais abaixo de uma vez…sem pausas, ok?”…entretanto a música… ”e vai acima, vai acima e vai baixo e vai ao centro, vai ao centro e bota abaixo….bota abaixo…” Tom dá um sopro à espuma da cerveja, para dar boa sorte, e botou abaixo…e botou abaixo…e logo nos primeiros 5 segundos já tinha dado 10 de avanço aos outros…he he…e…caneca ao ar!!! quem assistia ficou espantado com a capacidade de absorção de Tom…sim sim… bebeu tudo e teve de esperar um bom bocado que os outros candidatos acabassem…e ainda teve de beber a que ficou do Palha…entretanto a música continuava…”já tou fo…lá lá lá lá lá lá(bis) …Vais p´ro INEM lá lá lá lá lá lá(bis) ... Vais Vomitar lá lá lá lá lá lá(bis)…


Deve-se salientar que a parte do INEM não aconteceu…mas depois daquela Caneca Tom sentiu que o resto da noite ia sofrer um pequeno apagão na sua cachimónia…mas, apesar desse pressentimento, fez um esforço para gravar muito do que aconteceu porque aquela noite era especial e ele não se queria esquecer de nenhum momento importante…


Eis que chega a tão esperada hora… a parte da dança em cima da cadeira…a segunda, da praxe oficial…sim, não era um varão mas era uma cadeira com 4 pernas e tal…um varão até podia dar jeito porque o equilíbrio de Tom já não estava nos 100 por cento, nem lá perto… entretanto, o cantor que toca violino relembrou que os outro candidatos a Polkolhão teriam de repetir tudo que o Tom fizesse…


Foi ai que um deles dirigiu a palavra a Tom: “não vais deitar as calças abaixo, pois não”…e Tom, sem confirmar nem desmentir, sorriu para eles…


E começou a música…”anda Polkolhão que te comem a regueifa”…”toda a gente a fazer como o Tom faz!!!” e assim começou a viagem pelos saltos, pelos SS’S… o vira a bundinha para as damas…e aquilo transformou-se uma mistura de tudo o que era coreografia - era o malhão…o abana a anca…o walk like an egyptian…ballet… pulp Fiction...forest Gump…o coelhinho..a onda…o virar dos glúteos novamente para mais um “anda Polkolhão que te comem a regueifa”…


A meio da música uma observação: “e agora daí reparem nas calças do Tom”…parece que toda aquela gente tinha receio que Tom sofresse de incontinência…já não pode um gajo transpirar…e se fosse incontinência, a coisa corria para baixo e não para cima… e Tom continuou a saltar e a dançar alegremente sob o olhar atento dos manus porque alguém tinha medo que Tom perdesse o equilibro e desse um outro espectáculo com uma queda da cadeira…mas esse facto nunca se chegou a perfazer… e lá comeram a regueifa mais um par de vezes…até que finalmente…estava tudo consumado…


”Uma salva de palmas aos nossos novos 4 Polkolhões!!”



Tom estava contente porque finalmente era Polkolhão…e todo o mundo rejubilou perante tamanho feito… ok… estou a exagerar… mas que ficaram contentes ficaram…


Para não perder o ritmo, logo a seguir foi a parte da praxe das Polkonetes…e tínhamos lá duas das nossas amigas…a Célia e a Luísa…a noite também era muito especial para elas…he he he


Ser polkonete significa ser amiga dos Polk e dos Polkolhões…sempre que vai a um concerto deve dizer que é Polkonete e pagar um copo à malta… e depois têm descontos na Pull and bear, na Zara, na Lefties, na bershka e na face oculta…


Assim sendo, o que elas tinham de fazer…era também uma coreografia… mas desta vez mais organizada… tinham de seguir o ritual cultural das Polkonetes…a música começa em “tens o Mundo a teus pés à espera que o empurres, uma vida à frente só tu podes…viver”. Na parte do viver…a candidata terá que simular “uma descarga, chamemos-lhe assim, seja ela sexual seja ela intestinal, não interessa… é uma descarga…” e todas tinham de fazer o huhhh…assim como deve ser…e se o povo gostar bate palmas e se não gostar fazem huuuu!!!..se o povo gostar… passam à primeira... caso contrário, se não gostarem, têm de fazer uma segunda e uma terceira até eles gostarem…


Desta vez quem mandava era a Magda, que tinha de inventar naquelas partes em que não havia uma coreografia instituída. E todas as candidatas teriam que a seguir….



E devo dizer que a coisa não começou bem para as nossas candidatas pois a Célia, que era logo a primeira, não estava a contar que fosse logo naquele momento o tal da descarga… e saiu um hheee…em vez de uma huuuuhh…mas, após esse mal entendido, a nossa menina não desiludiu e soltou um hhaaaahhh com muita pujança e sensualidade…e assim foi…passou logo à primeira…”por mim passaste..vemo-nos no coliseu…”. Foi um sucesso…


A candidata Luísa já estava a contar que fosse a sua vez e quando chegou a parte do… ”e só tu podes”… ela soltou um valente e prolongado hhhuuuuuuuuhhhh… sim, até se ouviu um “ei nunca mais pára”… segundo o vocalista foi tipo um terramoto forte e com direito a réplica…e por isso pediu que fizesse mais uma vez e desta vez Luísa conteve-se mais e saiu um hhuuuhh…aplaudido por todos logo…passou o teste!!



As nossas mininas fizeram sucesso e as outras candidatas também passaram, algumas com mais custo que outras mas lá foram…de salientar a namora do Monteiro que se viu à rasca para passar mas passou porque a gente percebeu que a culpa não era dela…e foi altura da coreografia em si e, mais uma vez, ninguém caiu da cadeira…e mais uma vez tudo foi consumado… e o universo Polk ganhou mais uns bons exemplares de Polkonetes para animar as festas e pagar copos ao pessoal…



Mas parecia que a festa ainda estava longe de acabar pois a animação continuava com danças e mais animação…mas a coisa estava mesmo para acabar…mas concerto Polk não é conerto se não tocarem as famosas baladas que fazem sonhar/chorar os mais atentos ouvintes…aquelas que tocam lá dentro, e vibram, com toda a emoção possível e imaginária…sim…o trio maravilha…


E como manda a tradição, quem pôde sentou-se no chão junto aos músicos para estarem mais perto da música, como se de uma parceria se tratasse... vocês tocam e a gente ouve, vibra e sente, cada um à sua maneira, conforme os sentimentos que a melodia lhe provocar…


No meio de tanta emoção e sentimento, quando Tom dá por si já está sentado no meio dos músicos dos sentimentos…a cantar…o refrão da carreira das duas…e para espanto de muitos Tom estava a cantar afinado e a coisa até lhe correu bem.



Foi então que se ouviram os primeiros acordes da “Balada do Desajeitado” acompanhados pela flauta… Tom, atrapalhado, só tem tempo de perguntar se havia letra em papel por onde pudesse seguir…a resposta ecoou logo: achas?!.. Aí Tom ficou atrapalhado porque sabia que não estava em condições de se lembrar de tudo com clareza…e ficou tristonho porque sabia que não ia conseguir cantar aquela música tão especial com o jeito que ela merecia…


Mas mesmo assim e com a ajuda do Pedro numa espécie de voz off ao ouvido, Tom cantou aquela balada mágica para toda aquela plateia de amigos que o ouviam e, no seu pensamento, dedicou aquela música a todos eles. Ao mesmo tempo lembrava-se de quem não estava presente, fisicamente…amigos que estavam longe mas tão perto…


“Eu não sei o que é que te hei-de dar
Nem te sei inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem, só que já me esqueci
Então olha, gosto muito de ti…”


“um grande abraço”


Apesar dos atropelos na música, toda a gente percebeu que ela foi cantada com muito sentimento…



Depois deste momento de pura emoção a noite de música tinha acabado e foi altura de despedidas e agradecimentos…mas ainda faltavam algumas supresas romenas que esperavam os igloenses…do lado de fora…assim com outra chinesa (porco picante) atrás da Space Star branca..soly… e ainda houve tempo de uma caminhada para sentir a famosa brisa de Espinho e finalmente uma corrida ao jeito de Tom Sawyer…


Deviam rondar as 4 da manhã quando se despediram e seguiram o seu caminho…uns em direcção a Matosinhos e outros rumo a Guisande…


Tom sentou-se no banco de trás do seu super R5, abriu a janela e foi com a cabeça ao vento. E á medida que ia avançando no asfalto ia deixando para trás uma noite especial…uma das mais fantásticas da sua vida…

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Mano a Mano!!


Ser Manu é algo que muitos aspiram mas muitos poucos podem sonhar ser... ser Manu não é algo fisico é simplesmente um estado de alma!!!

Ser Manu é ser louco nos momentos mais improváveis, seja no Porto seja no Alentejo ou mesmo em Santarém....

Ser Manu é cantar com ALMA E CORAÇÃO as serenatas que dedicamos as nossas meninas, sejam elas no Caminho de Santiago seja na torre de um Castelo ou mesmo na Senhora da Hora...

Ser Manu é estar sempre presente, seja num penhasco da Serra da Estrela seja numa longa noite de Polk ou até mesmo em Guisande...

Ser Manu é isto e tudo o resto que não conseguimos exprimir nas palavras mas que estão presentes todos os momentos que partilhamos..


Por isso com todo o Orgulho dedico esta música aos Manus!!

Como não podia deixar de ser é uma música dos Resistência mas que infelizmente é um instrumental... mas é simplesmente a NOSSA música!!


P.S. O inicio faz-vos lembrar alguma coisa??? :-D

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

pelas festas de Portugal - feiras Novas...e presunto..e melão...e vinho!!!

Aqui no Iglô já é costume rumar rumo às romarias… que um pouco por todo o lado, por esse país fora, se desenrolam, particularmente nesta época (ainda) estival…

tá bem, pronto… a gente bem queira, mas a romagem é só mesmo aqui pró norte, que o tempo não dá para correr mesmo, mesmo o país todo…

Eu confesso a minha santa ignorância (e olhem que a ignorância é
muito atrevida): quando me disseram que íamos às feiras novas eu pensei no super… então a gente vai passar o domingo ao hipermercado, é? alguma promoção de vodka preta, pela certa… mas depois de me explicarem ao que ia fiquei curiosa com o nome… e fui pesquisar nesse imenso poço de sabedoria… a enciclopédia? nada!... o google! Então descobri que Ponte de Lima tem as mais antigas feiras de Portugal! Quinzenalmente, às segundas-feiras, já eram referenciadas num foral de 1125!… as tradicionais “Feiras” que nós visitámos datam “apenas” de 5 de Maio de 1826… e por isso mesmo se chamam “Novas”.

E assim imbuídos de espírito peregrino (sim, que depois de irmos a pé a Santiago temos deste espírito para dar e pra vender!) partimos domingo 16, depois de almoço, para Ponte de Lima, rumo às últimas grandes romarias minhotas, antes que o Outono comece…


A festa prometia!…pra começar, prometia engarrafamento, e uma enorme dose de paciência para conseguir estacionar! Mas se o trânsito motorizado era intenso, que dizer do pedonal? Pura e simplesmente não andava, tal era a quantidade de gente que se aglomerava junto às barracas da feira. Lá fomos furando e acotovelando, parando ocasionalmente para uma farturita ou até mesmo quem sabe para tomar uma putinha… escorregava bem, a putinha!... até lacrimava! O que dizem é que vai muito bem a acompanhar umas fodinhas quentinhas… mas a gente já tinha o estômago cheio da farturita de modo que dispensámos as ditas…

Após cumprirmos mais esta tradição gastronómica do Artur (perdoem o pleonasmo…) decidimos ir ver o panorama das festas do outro lado do rio. Íamos nós a meio da ponte quando vimos duas caras familiares: os pais da Cláudia também tinham vindo às festas!

Mais uma voltita pela feira, mais umas gomas (afinal aquelas fodinhas… hummm) e estávamos a dar por encerrada a nossa participação neste evento cultural, do mais português que há, quando a Cláudia atende um telefonema:
- não vale a pena… a sério… não,… deixem estar… não vale mesmo a pena…
Assim que desligou, vira-se pra nós e diz: os meus pais compraram presunto e estavam perguntar se vocês queriam comer, mas eu disse que não…
Não houve bem, bem um motim, mas quase! As hostes rebelaram-se um bocadito… “no mínimo tinhas ficado caladinha e nem sequer nos contavas” foi o que de mais brando saiu… mas mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo, já diz a sabedoria po
pular, e é bem verdade… nem 5 minutos tinham passado após o fatídico telefonema já nós esbarrávamos outra vez nos pais da Cláudia… aí o pessoal esmerou-se! A juntar ao presunto e pão que os pais da Cláudia traziam fomos comprar um melão (mais uma faca para o cortar, tá claro), uma jarra de vinho e 4 tacinhas pra provar o mesmo… e como bons portugueses que somos, abancámos num sítio poeirento e a cheirar a esgoto, a comer o nosso lanche, que nos soube pela vida!

De volta à Senhora da Hora, o tintol fazia o seu efeito: o carro até abanava connosco a bombar lá dentro!... mas o presunto também… a modos que foi preciso parar para comprar uns bons litros de água para combater a secura… mas tudo isto é parte da tradição e mesmo quem não aprecia a vinhaça, ou até o presunto, assim por aí além, vota em voltarmos lá pró ano… afinal toda a gente gosta de fodinhas, especialmente as quentinhas!

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

os Pauliteiros de Santiago | dias 7 e 8 - ai que bom!!!

Etapa 7 | Monte do Gozo a Santiago de Compostela


Depois de tantos dias a carregar as nossas mochilas às costas sentimos um certo apego às ditas, um certo carinho, uma ternura que fazia com que não nos sentíssemos confortáveis ao separarmo-nos delas… vai daí decidimos levá-las de volta a Santiago para um dia de passeio… ou isso ou o facto de estarmos de abalada do Monte do Gozo… mas eu acho que foi mais a primeira…

Ainda antes de deixarmos o monte onde afinal não tínhamos gozado assim tanto fomos visitar a emblemática estátua do peregrino… onde algumas pessoas aproveitaram a ocasião pra tentar então gozar um bocadito… e o mural comemorativo da visita de João Paulo II: quem vem do caminho francês passa por aqui e eram muitos os peregrinos com que nos cruzávamos que ainda estavam a andar pra Santiago… deu uma certa nostalgia… quer dizer, a bem da verdade, verdadinha o que deu foi um ufff! ainda bem que não sou eu a ir agora a pé… mas fica mais bonita a primeira, né?

Tínhamos que deixar o albergue até às 10h… e como pontuais que somos aparecemos às 10h30, o que fez com que senhora da limpeza nos deitasse aquele olhar que traduzido em palavras dá qualquer coisa como portugueses… afinal tínhamos ido rezar á capela e estávamos tão compenetrados que não demos por ela do tempo passar tão rápido e tal…

A primeira paragem em Santiago foi no seminário menor para alojamento… e deixar as mochilas, que o nosso carinho por elas afinal não chegava a tanto! Depois fomos ver as vistas, fazer umas compritas e acima de tudo cumprir mais uma tradição… já estão a pensar que fomos ver o santo e dar as turras e tal, né?... pois fiquem desde já sabendo que, primeiro, as turras agora estão banidas (a razão pela qual perduraram tanto tempo é pra mim um mistério!), e, segundo, as tradições que seguimos neste caminho de Santiago são… dou-lhe uma, são… dou-lhe duas, são… dou-lhe três, isso mesmo: gastronómicas! Fomos almoçar ao Manolo, um restaurante que inicialmente era só para peregrinos e onde servem primeiro prato, segundo prato, pão, água e sobremesa, tudo pela módica quantia de 8€… e se julgam que por este preço os pratos não podem ser assim tão grandes, tirem daí o sentido… a conselho do Artur, que é o homem das tradições do caminho, escolhemos todos o mesmo 2º prato: churrasco… só digo, houve até quem chorasse por não conseguir comer a costeletinha(tona) toda!

A tarde deu ainda para um café num local especial: o Centro Galego de Arte Contemporânea. Depois disso veio o primeiro momento “Auld lang syne” pois o nosso guia espiritual e uma pauliteira das verdadeiras (a Daniela) iam deixar-nos… fomos até à central de camionetas desejar-lhes um bom regresso ao Porto e ficámos a acenar à camioneta ao vê-la ir, ir, ir…

Dois pauliteiros mais pobres depois, era altura de voltarmos à civilização do centro de Santiago e ir ver o que a cidade de melhor tem para oferecer: espectáculos de rua (ao gorro, pois passa sempre um no fim do espectáculo) com malabaristas, contorcionistas e palhaços em geral…sempre com muito amor!!! Ah, e não esquecer a exposição do Senhor dos Anéis, com objectos e fatos do filme, que alguns fizeram questão de ir ver e que alguém fez questão de ciceronar até à exaustão… por altura do fecho da exposição já era mais do que hora de jantar… infelizmente o churrasco do Manolo provou ser tão grande quanto difícil de digerir e mesmo àquela hora a fome era pouca… até houve quem, em desespero de causa, sugerisse uma salada… mas acabamos por ir até ao kebab (que era uma das tradições gastronómicas que nos faltava cumprir… ou isso ou o burger king…) mostrar que pauliteiro que é pauliteiro aguenta e não chora!

Aguenta mesmo! Porque no dia seguinte, domingo, dia da nossa despedida de Santiago, acabámos de novo a almoçar no Manolo!!!

De manhã fomos à missa (aqui vou só abrir mais um parêntesis para referir que o pequeno-almoço foi também para cumprir uma tradição, desta vez dos verdadeiros… é o que dá juntar gente com vários caminhos de Santiago já percorridos e muuuuuuito tradicionalista: se não nos pomos a pau qualquer dia precisamos de uma semana em Santiago só para cumprirmos as tradições gastronómicas!), magnificamente cantada por um coro de pequenos cantores de Filadélfia, onde era suposto encontrar-mos os pais da Isabel, que vinham buscá-la… mas afinal havia outros… pais, mães, namorados, irmãs… em suma, toda a família! E já que este pessoal tinha vindo de propósito para nos buscar pensámos que seria simpático levá-los a almoçar ao local onde tão bem tínhamos sido servidos no dia anterior… escusado será dizer que nenhum dos pauliteiros pediu churrasco!

Almoço de domingo e tal… estava a fazer-se hora de ir para casa… na despedida de Santiago ainda houve tempo para caminhar pelas ruas e entoar:

♪ O senhor é nossa alegria!

Aleluia! ♫

… já sei que ouviram a musiquinha aqui no site… mas não se compara; não, não se compara… nem se compreende… era preciso terem estado lá!

♫ Ele nos dá o seu Amor

Aleluia! ♪

terça-feira, 11 de setembro de 2007

os Pauliteiros de Santiago | dia 6 - ai!! 8 horas de música!!!

Etapa 6 | Padrón a Santiago de Compostela


Depois de um estendal como o da noite anterior houve quem acordasse esperando a vingança dos escuteiros… o facto é que o nosso criativo os tinha metido num bolso… e eles, foram-se embora para Santiago sem dar troco…

E ainda bem, pois a nossa última etapa, uma das mais longas do caminho, ameaçava durar o dia todo… isto porque uma pauliteira, que não quis furar as bolhas de água, acabou com uma bolha de sangue… e coxa… Mas, como um pauliteiro dos verdadeiros não se cansou de repetir durante todo o caminho, “ninguém fica para trás” a malta corajosamente enfrentou a perspectiva da infinita etapa com um sorriso nos lábios…

Afinal não durou assim tanto… não ajudou ser uma etapa grande e sem grandes belezas com que nos entretermos… por isso mesmo a viola não teve descanso! Foram 8 horas seguidas de concerto, em que não parámos de cantar nem de andar… quem sabe tocar viola toca, quem sabe cantar canta e até houve quem se aventurasse em novíssimos domínios com o cavaquinho, conseguindo um brilhante sol-e-dó para acompanhar a cantoria…

Lá chegámos a Santiago… a cantar o famoso cântico dos passos que se ouvem a caminhar… pelas três da tarde hora à qual nos abancámos na Praza do Obradoiro e finalmente descansámos… quer dizer, havia quem não estivesse assim tão cansado quanto isso e decidisse finalmente fazer jus ao nome de pauliteiros que tomámos e dar melhor uso aos cajados do que aquele que tinham tido até então. A coreografia veio a revelar-se traiçoeira… e particularmente violenta para alguns dos pauliteiros envolvidos…

Depois desse belo momento de batidelas de paus sincronizadas lá fomos atestar que chegáramos ao fim do caminho, e pedir a nossa Compostela, enfrentando a fila e a multidão… foi aí que recebemos um banho de água fria: todos os albergues da cidade estavam ocupados; a nós restava-nos ir para o Monte do Gozo! Toca a pegar nas mochilas e ir apanhar o autocarro que nos deixou no sopé do referido Monte… é verdade, mesmo no fim do caminho ainda mais uma subida pela frente… e quando chegámos à entrada do complexo para peregrinos mais outra subida pela frente… e não, não era gozo… íamos mesmo ficar a dormir láááááá em cima…e sobe…e sobe…e mais um bocadinho…


Estávamos nós ainda no processo de saber se teríamos um quartito onde nos acomodarmos quando um presbítero sorridente nos ouviu falar português e pensou em juntar-nos às ovelhas do seu rebanho… e se bem pensou, melhor o fez… quarto ainda não, banho muito menos, mas missa… ah essa já estava garantida, e apenas dentro de 8 minutos, quisesse a gente ir… ainda houve quem tentasse escapar-se “que é essa cena da missa?” …mas o nosso guia espiritual alto e branco estava atento, e lá do cimo da sua altura ditou a sentença: vamos lá agradecer por termos chegado!


O grupo de meninas que acompanhava o sorridente padre (dando-lhe amplos motivos para sorrir…) provou ser um excelente coro a capela, mas nada que se comparasse à excelência da voz do nosso baixo… que por acaso era o nosso guia espiritual alto e branco!


Após o momento de acção de graças era tempo de cuidarmos do corpito: banhito, jantarito e tal… e também alguma diversão para animar a malta, que isto de vir a Santiago não pode ser só trabalho… vai daí o pessoal foi até à barraca 14, onde era suposto haver festa rija com disconight e tudo… não havia, mas parece que assim mesmo ainda houve quem arriscasse uns passinhos de dança… mas a coisa não convenceu e a malta preferiu ir ver as estrelas…

... ou ver mesmo estrelas…e ver uma tal de garrafa de vodka preta a passar de um lado para o outro…e a puxar o tolde, e tal, por causa do frio… diz quem estava que aquilo a dada altura mais parecia a wrestling mania… já ouviram falar do triângulo de Verão, certamente, temos aqui mais abaixo um post dedicado a isso… pois vão até lá e espreitem… e depois digam se deitar debaixo do céu estrelado, procurando Deneb, Altair e Vega não é a melhor maneira de chegar finalmente a Santiago!