terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Um ano para comemorar...

... em Londres ou Bruxelas... ou até mesmo, loucura das loucuras! nessa grandiosa metrópole: o Porto!

Por tudo o que vivemos este ano, por tudo o que partilhamos e por tudo o que alcançamos!

Até 2009!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

16, 17, 18 de Dezembro... o Nando faz anos!!!


O ditado diz que à terceira é que é de vez!

...tentamos festejar os anos do Nando na terça, não deu, tentamos na quarta, já deu mais um bocadito, mas pouco... finalmente na quinta lá conseguimos chegar-nos e comer o bolo e dar as prendas (antes que deixe de ser o dia de anos do gaijo...) e tal...

o tal foi um passeio pra ver um Audi A3, que afinal já devia ter chegado a semana passada, mas afinal era só esta, mas afinal ainda não estava... e a iluminação de Natal do Porto... tão linda a iluminação de Natal do Porto... era da cor do tomate!!!

ah! e pra ir com o espírito Pão de Forma bem imbuído pa casa, nada como fazer a A28 a 40 km/h... liga os 4 piscas... peace and love man, peace and love...

Parabéns Nando!!! Contigo até numa Pão de Forma a deitar fumo!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

vamos ao musgo e lançar boomerangs?

Como é que se chama a apanha de maçã?... ai, ui apanha da maçã... e como é que se chama a apanha da pêra?... ai, ui... apanha da pêra... e como é que se chama a apanha de musgo?... ai, ui, ai, ui, ui, ui, ui...

Para fazer um presépio, assim daqueles que ocupa meia sala e mais um bocado, musgo fresquinho é essencial. Por isso, depois de uma noite de smashing mellows (que, compreensivelmente, muito boa gente não sabia o que era), hummus televisivo, queijinho ao vivo, e mais umas fotos partilhadas com os amigos e com aqueles que mais precisam (no Natal os que mais precisam são os desgraçados que não sabem ver as datas de validade dos BIs e nós partilhamos com eles!); dizia eu, depois de uma noite (bem) mal dormida, lá fomos nós catar musgo pra serra da Freita! Ai espera, aquilo não era Freita! Arrancáva-se do QG tal e qual, paráva-se na casa do Artur e tudo, seguiamos pó mesmo lado, mas aquilo era outra coisa qualquer... já tou a sentir assim um povo a estrabuchar, mas perguntem ao Artur a ver se ele sabe o nome do sítio onde fomos, perguntem, vá... sabe? a pois não sabe...


O que eu sei é que paramos num local, no meio de nenhures, onde havia um marco a assinalar o ponto de encontro de 4 concelhos: Gondomar, Castelo de Paiva, Arouca e Santa Maria da Feira... o marco basicamente era uma mesa com 4 cadeiras... assim tipo mesa de jardim onde os velhotes jogam à sueca... munto uindo!


Daí seguimos então pra um local já mítico: uma certa casa que um certo irmão trás debaixo de olho há já algum tempo... aquilo é coisa assim pra lá do fim do mundo onde se situa o fim da civilização. Empoleirada lá no seu alto, com todo um morro a envolvê-la e um riacho a correr aos pés, a casa tem tudo para os mais afeiçoados a uma vida no campo... e a apenas 30 min de carro da civilização, que é como quem diz, do Porto! (ah... pra quem tiver ficado entusiasmado com a descrição da coisa, eu queria só lembrar que Guisande fica a 30 min, São Martinho de Recesinhos também fica a 30 min, Vila Chã a 30 min fica... eu assim a bem dizer, acho que tudo fica a 30 min do Porto...)


A chegada ao musgo foi épica, até porque no fim de semana anterior o super 5 tinha pegado de empurrão 3 vezes... e a gente ali tava a ver que se dava alguma coisa ao carro ele ia pegar era pela ravina abaixo...


3 caixotes nas mãos, luvas, estávamos prontos para desafiar as leis da gravidade! Valeram as árvores (muitas) que cresciam encosta abaixo até ao rio, para nos impedirem de irmos direitinhos tomar banho... se bem que houve algumas tentativas dignas de registo... os nossos apanhadores de musgo oficiais tavam que nem...


era Natal e o sapatinho tava recheado! Eles nem sabiam pra que lado se virar, tantos eram os tapetes verdinhos a pedir a sua atenção imediata, eles perguntavam quanto musgo é que a gente queria lá pra casa para fazerem a conta a quanto ainda faltava apanhar... torciam o nariz quando a gente respondia “musgo? em minha casa?!? mas queres que eu ponha isso onde?” e de forma geral agiam como se apanhar musgo fosse todo um projecto de vida.


Por fim lá conseguimos encher os três caixotes e arrancar um tapete que, por muito que se insistisse, não cabia na mala por ser damasiado largo! Superada essa difícil prova era altura de parar pra recuperar forças... e causar inveja a certas pessoas chiques, que têm almoços chiques, com o nosso assador de chouriços a mostrar que se dá muito bem no meio do eucalipto.


E depois de tão farto almoço tava na altura de meter tudo no carro e quem sabe, ir até à Freita mesmo?!?... Ora aqui colocou-se o eterno dilema da mala cheia... quando os caixotes vêm muito bem empilhadinhos, uns dentro dos outros, se calhar convém não os encher... mas isso sou só eu a divagar... o facto é que não havia mesmo espaço prós caixotes e pró tapete na mala, de maneira que a solução foi empilhar os caixotes à frente do vidro de trás, em cima da mala... mas o espaço é pequeno e o caixote tá carregado... e o corta mato até sairmos dali ainda demora um bocado... de maneira que o melhor é pôr uns calços pra ver se não vira o musgo todo dentro do super 5... olha vocês que se sentam aí atrás, ora enconstem aí a cabeça contra o caixote... isso... pronto, não mexe!... curva, curva, outra curva... ai o musgo!... porra, então que parte do não mexe é que vocês não perceberam?


Andar de super 5 pela Freita ou lá por onde é, geralmente já é uma experiência extrasensorial, mas andar de super 5, pela Freita ou lá por onde é, muito bem encaixadinha no banco de trás, a tentar equilibrar um caixote de musgo com a cabeça é uma experiência extracorpórea!


A nossa viagem seguiu por atalhos da infância de quem cresceu lá por aqueles bandas (a que eu vou continuar a chamar Freita por absoluta falta de outro nome)... Até uma serralharia-moinho, uma das primeiras movidas à força da água, agora património arqueológico-industrial deste nosso belo país à beira mar plantado. Quem conhecia aqueles edifícios abandonados de os usar prás brincadeiras de miúdo ficou de queixo caído quando os viu já semi recuperados! Havia duas pessoas lá em baixo ao pé do rio, e claro, houve quem de cá de cima da ponte não resistisse a meter cumbersa: isto pra que é, que vai ser e tal... passado pouco tempo estava feito o convite para descermos e irmos ver o que restava da maquinaria! Como qualquer edifício património arqueológico-industrial, deste nosso belo país à beira mar plantado, tudo está bem enquanto se decompõe a olhos vistos... a partir do momento em que aparece alguém a querer recuperá-lo, alto e pára o baile, que é preciso ver se se pode ou não pode dar uso a tão magnífico monumento... e vai de chamar arquitectos e vem um parecer, engenheiros, e vem outro parecer... de maneira que à pergunta “isto pra que é” obtivemos um “não sei” e, claro está, à pergunta “então mas quando é que vai saber” obtivemos um outro “não sei”... uma coisa nós sabemos... ainda não há casa totalmente recuperada, mas se quisermos trazer sacos cama e empilharmo-nos no chão, tamos à vontade! Venham quando quiserem, fiquem o fim de semana, a casa é vossa! Olhe... veja lá, não diga isso muitas vezes, que a gente aceita!


Tava a ficar escuro, mas ainda dava tempo de ir ver o Arda a juntar-se ao Douro, lá do Monte de S. Domingos. Entre uma fotoficha, e mais uma fotoficha, e mais outra fotoficha, e exclamações de é tão lindo... lá se fez frio de mais pra estarmos fora do carro.


Como qualquer bom fim de viagem, ainda ensaiamos uma entrada nas minas do Pejão, mas sem sucesso. E como em qualquer domingo é sempre preciso ter em atenção a horinha da... olha a Lopes a pensar “da missinha”... mas não! é preciso sempre ter em atenção a hora da reunião da ASPPA... lá viemos de volta, nós e o musgo, já um bocado maltratado de tantas voltas e mais voltas, já sem aquela frescura de início de tarde... mas nada que se comparasse ao estado em que ficaram as cabeças que o trouxeram equilibrado...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

"Convosco até num Iglo quentinho!" - A Prova - Definitiva

Chegados ao segundo dia, primeira alvorada, do dito fim-de-semana com muito frio, muita neve e amigos e mais amigos, eis que chega o momento de um dos ditos amigos tem de abandonar o acampamento, envolto em neve gelado. Pois, era tinha de ir trabalhar e como gente séria que são, há que por prioridades… (“vah… só mais um bocadito na cama… Não se pode dizer que esteja quente mas, pronto, sempre estou deitada”) Convém antes de mais salientar que toda esta descrição do acordar, que até parece cómica, não foi presenciada por quem escreve… estava a tratar de assuntos importantes. Continuando… Como é logo pela manhã que se devem fazer as boas acções, sob perigo de depois serem esquecidas ou de não haver tempo, houve um sentimento geral de preocupação para com um elemento que estava muito parado, visto que todos já tinham acordado… Os mais alarmistas diziam que já tinha congelado, os mais calmos e sensatos diziam para o deixar dormir, pois ele é que está bem, os mais solícitos até se levantaram para por, não um, não dois, não três, não quatro mas talvez um 6 cobertores… Se tivesse congelado ia derreter, se tivesse a dormir quente e tal, acordaria suado e com um peso bruto sobre si, o que seria de estranhar visto ter dormido sozinho. Depois da partida já anunciada, toca a levantar…

Como os Amigos do Iglo agora têm mães mais que solicitas que telefonam às 2h da madrugada (penso.. :S) para saber se desligaram o aquecedor (não vão se esquecer e a casa pode incendiar, aquilo rebentar, morrer intoxica……… ai meus Deus) e às 8 da manha (madrugada?) para saber se já acordaram, se está tudo bem… Ouve protestos, alguns que ainda ressabiaram um pouco… mas a coisa lá passou… “Parece que temos de fazer uma terapia de choque à senhora Iolanda” foi a frase que ficou. Então, depois de um pequeno almoço reconfortante, com pão lá da terra mesmo… Depois, de equipados e completamente preparados, com os fatos, botas, luvas, cachecóis, gorros, fatos-macaco (para quem de direito), lá iniciaram a dita caminhada pela aldeia pintada de branco, e já cheia de visitantes em carros, motas, bikes e a pé…



O trilho era de 15 Km, e no plakar que o apresentava, parecia ser muito interessante e com coisas, de facto, muito bonitas, por isso acabaram por decidir fazer apenas uns quantos quilómetros… até aos moinhos que são já ali. Não…, ali… Não…, ali! Fogo… Pronto, são já lá embaaaaaaaaiiiiiixo. Toca a descer entre rochas cheias de gelo, no meio de paisagens cobertas de neve… à medida que desciam, a neve ia desaparecendo, transformando-se em bonitas correntes de água, sobre as pedras… Que bonito era… (e que escorregadio… que o digam alguns lol). Uma foto aqui, outra foto ali, mais um moinho aqui, ora outro ali… de facto, paisagens bonitas… Chegados ao último moinho (último para nós) toca a subir: é hora de voltar!



E ao longo do caminho de regresso, eis que houve uma revelação! Já cansados, exaustos, ora com frio e aperta-se o casaco, ora suados e com calor e desaperta-se (confusão) vêem-se deparados com um lindo campo coberto de neve… E qual foi a primeira ideia? “Ai e tal, vamos tirar uma foto” Depois da foto, já que estavam no meio da neve, porque não? GUERRA! E vai uma bola de neve para ali, e outra para ali… e uma mesmo aqui! Passados longos momentos de diversão, é hora de regressar a casa… “Mas estamos cansados…” “ai que já não me seguro”… Que fazer? “Meninos e meninas, temos aqui neve… muita neve… e que tal fazermos um iglo?!” ah eu acho que é giro, ah eu também… (enquanto alguns estavam ainda no momento de concordar e tal, já outros estavam empenhados a fazer grandes bolas de neve) Puxa aqui, levanta ali, agarra ali, molha aqui… e pronto o iglo foi-se construindo!



Um como o arquitecto mais empenhado, outros como simples trolhas, outros como encarregados, outros como jornalistas, bloco a bloco (ou bola a bola) o Iglo foi surgindo e distinguindo-se de todo o amontoado de neve envolvente.



Passado um longo tempo, já com os dedos congelados, depois ajustar todas as arestas de modo a ficar, assim, redondo: eis a nossa obra-prima! Finalmente os Amigos do iglo têm uma casa! Um iglo, digno desse nome! Depois de olhar bem para ele e de fazer as devidas medidas, chegou-se à conclusão que era um T0+6. A verdade é que tinha lugar confortável para três pessoas. (a próxima aquisição será mais uns arrumos, ao lado, Tv cabo.. e…)



O certo é que ficou lindo! E não era simplesmente um Iglo, por mais direito ou redondo que estivesse, era o Iglo dos Amigos do Iglo. Dos que sentiram o prazer de o fazer e daqueles que não estavam lá; dos que deixaram de sentir as suas mãos, apanharam com neve na cabeça, nos bolsos e pelos braços acima e daqueles que estavam algures num país lá na África; dos que quiseram passar um fim-de-semana calmo junto dos seus amigos e daqueles que não o puderam. Porque, no fundo, no momento em que cada um dos que o fizeram lá entrou, não foram só eles que entraram, mas todos os Amigos do Iglo. E assim, ainda que só alguns tenham sentido verdadeiramente o frio que se fazia sentir, todos sentem o calor de quando estamos todos juntos, bem lá dentro!



Nós somos os Amigos e o Iglo! E ainda que aquele que tenhamos feito derreta, o Iglo permanece para nos abrigar do frio dos dias de tempestade.
Deste fim-de-semana em que passamos no meio da neve e do frio, todos voltamos mais quentes, com pequenas bolas de neve no Coração!

“Convosco até num Iglo quentinho!”- A Prova- Parte1

Depois de longos dias de preparação, longas noites de cálculos (com o GPS, certamente…) o primeiro grupo partiu do Porto, logo pela manhãzinha, rumo ao destino para preparar tudo (um ilustre banquete inclusive) para outros dois membros ausentes, em actividades pastorais e tal e mais outros dois, esses, chegariam ainda mais tarde, já para o jantar. Mas por ordem! Foi logo após a missa que um ilustre elemento (digo não digo?!) depois de revelar os seus dotes como “princesa do churrasco”, nos presenteou com mais um ilustre dote (cuidado Nídia, elas andam aí…): de dona de casa (desesperada não é ele eheh). E foi então que decidiu começar por comprar a primeira panela e o primeiro fervedor (há quem diga que já anda a ver o enxoval… vamos esperar para ver).


Quando esses dois se dirigiam para a escola, foram pensando em várias coisas: primeiro, com um sentimento de dever cumprido: temos panela, extensão, chocolates, e um fervedor; depois que estavam atrasadas e ainda que já estava na hora de comer. O que os animava era mesmo a certeza que os esperava um daqueles banquetes lautos. O caminho de ida é particularmente interessante. Passada a civilização, vêem-se montes e mais montes. E eis se não quando a neve… Sim, para além do gelo do chão começa a nevar… que lindo!!! E a caminho eis que se vê uma aldeia fantasma (futuro aldeamento?! Hum… há quem o diga… Uso de Capião e tal) e um centro de hipismo assim todo branco mesmo… não eram cavalos brancos (com aquele frio, quais cavalos..) era mesmo o chão: lindo!!! Esta parte da viagem até é importante porque ia um certo elemento de boca aberta: está a nevar… que lindo “nunca tinha visto!”.
Por volta da uma e meia já estávamos todos reunidos (faltando ainda os tais dois que chegariam mais tarde) e depois de uma missão de reconhecimento, toca a almoçar que já se faz tarde, (massa com bacon, natas… e o resto não se diz: o segredo é alma do negócio… uma boa forma de dizer eheheh) no quarto, pois juntinhos é que se está bem e como está frio… Ah… numa mesa, num espaço feito à medida mesmo… uma mesa que daria muito que falar. Mas aqui já não foi o sentido estético da nossa dona de casa (aquela que falamos à pouco) dizia: “primeiro comer, depois conviver e só depois arrumar!” Logo nos momentos iniciais já se tinha feito o primeiro contacto com o povo nativo, de resto, muito simpático. Pois, tínhamos fervedor, fogão, panela, comida… tudo tudo… mas falta o saco (the famous) e faltava, basicamente, o sal! E Lá se foi pedir o sal. “um bocadinho de sal para a refeição e tal” não é que nos dão um copo cheio! Alguém comentou logo: e que tal pedir um bocadinho de presunto? Ainda nos dão o porco! Ehehe gente simpática, os almofrelos?!
Já bem do estômago foi altura de, vestidos a rigor, com tudo por arrumar e a mesa ainda no mesmo local, por muito que custa-se a certas sensibilidades femininas mais apuradas, ir fazer a primeira caminhada pela neve! Numa viagem muito calma, tivemos oportunidade de tirar fotos muito bonitas, de fazer projectos de onde se faria o presépio deste ano e de conviver com mais alguns nativos. Dizia uma senhora (que diz um elemento, de olhar atento, estar de calças ao contrário, e outro comentar pertinentemente que com frio os pêlos têm a tendência a ser maiores enfim… coisas)… voltando à senhora… Ela dizia: “Nah percebo esta gente… todos correm para a serra da estrela para ver a neve… Uma vez organizamos aqui uma excursão à serra e nah vimos neve nenhuma… só pedras! Nem se podia comer (pihhh) só mosquitos!”. Também ficamos a perceber que o povo de Almofrela aderiu em grande ao Plano Tecnológico do Governo. Não só foram instaladas, pelo menos lá perto, ventoinhas eólicas, como também as pessoas utilizam frigoríficos sem electricidade, ou seja, basta colocar do lado de fora e é uma autêntica arca… com gelo e tudo!


Mas andando e andando, lentamente, como pedida a paisagem e o fumo que saía das chaminés, fomos até ao vale. Foi então o momento que se esperava: um forte nevão, muito suave, branco e tal, sobre a paisagem já carregada de tons claros, mas ainda com uma certa variedade, imposta pelas altas arvores, lá ao longe. Nesta viagem, que vos parece pequena, mas que não foi ainda encontramos vestígios de outras civilizações… A dado momento, deparamo-nos com um soldado russo, vindo das bases nucleares da Sibéria, parecia um pouco perdido, diga-se. Mas para compensar, aparece-nos um esquimó todo sorridente… que foi acolhido num iglo... ate de facto… não era para menos… o frio contrai os músculos! Mas como já foi dito, e só o sabe quem já esteve a apanhar a neve, aquilo é muito bonito e tal, mas molha. E como tínhamos alguns elementos com falta de material de ponta (venham os uniformes) lá regressamos a casa, na feliz e ingénua esperança de encontrar um lar aconchegante, quentinho (pelos aquecedores que lá tínhamos)… mas qual quê.. frio!!! Ponto da situação: um aquecedor a gás que não funcionava, diziam que era da corrente de ar ou do frio (mas os aquecedores ligam-se quando está frio… não percebi agora… bem) e o outro, daqueles a óleo, eléctricos, deitava a luz a baixo… que confusão… e quando se aguentava ligado… só um elemento sentiu, quando estava a comer sentado encostado a ele (“hum… está quente aqui… Porra que me queimei”).

Este ponto agora é muito importante. Para quê levar cancioneiros (papel, nem é ecológico…) se pode levar não um, não dois, não três mas quatro computadores. Sim e lá se procedeu ao primeiro ensaio das vozes 8estavam afinadas… mas falta do licor beirão…). Mas o frio era de raxar, então… mais cobertores para cima e toca a ver um filme: Panda Kungfoo. Novamente todos aconchegados para não se perder o calor que restava e entretanto chegaram mais dois ilustres! E foram muito bem vindos… Para alguns, um deles era como que o messias prometido: “confiança, quando ele chegar arranja isso…” e não é que arranjou mesmo?! É preciso ter fé!!! Terminado o filme, foi momento de voltar às canções enquanto se esperava por umas visitas importantes. Pessoal lá da terra, familiar de um elemento (e futuro de outro) e amigos. Bem, a visita foi muito frutuosa! Desde logo, um deles, lateiro parecia, comeu logo um chocolate branco (que mira) e meteu-se logo com a fera!!! Medo! E como o problema é dar o primeiro passo, o chocolate foi-se (e não foi só um que comeu!). Depois, naquela terra que tem uma capela e onde há capela há um tasco (que não sabíamos que existia) lá fomos até lá! Bem, um local típico, daqueles mesmo típicos! Não há nada como nos sentirmos em casa! “bem, quem passa aqui para este lado do balcão para servir o pessoal? Eu vou para cima, divirtam-se a pipa está ali! Já trago comida”…. E foi a festa total: um arraial! Entre um bom presunto, um bom vinho tinto (daquele que pinta e que faz tombar, mas primeiro cantar e com força), com umas fritas de salpicão, azeitonas, pão caseiro… (não vale a pena babarem-se eheheh) umas músicas e danças durante algumas horas… Ao som de gaita-de-foles, Bandolim, viola, bongós, som das traves da casa e das canecas… enfim… Já há muito que não se ouvia tamanho barulho por aquela terra e nós não víamos tamanha diversão (alguns, admito, talvez começaram a ter alguma dificuldade em ver… mas isso era do sono eh eh eh…) mas cantar também é muito bonito e tal, mas também faz doer a garganta e nada como curar com um bálsamo de Licor Beirão! E para finalizar em grande, um cafezinho feito à lareira numa jarra de barro… bem… bom bom bom! E a água ardente então… hum
Bem… já cansados mas muito animados, toca a voltar para casa, agora quentinha… pois os aquecedores estavam a funcionar para ver um outro filme: Madagáscar 2. Depois de sorrisos, entre frios, apertos, bocejos e alguns momentos de sono, lá nos fomos deitar! Supostamente haveria um elemento que estaria a vigiar os restantes, mas pelos vistos foi o primeiro a adormecer e o último a acordar e quem bem que dormiu… para inveja de alguns, diga-se! Mas a vida é assim…
E na noite estrelada (certamente estaria, apesar de estar o céu nublado) e com o nossa pequena boneca de neve cá fora (sim, tinha saia) chegou a noite à escola de Almofrela, naquele dia, mais tarde o que o habitual, mas certamente das mais alegres que ela já teve o prazer de acolher!

“Convosco até num Iglo quentinho!” -A Prova- Parte 0


Dia 30 de Novembro e 1 de Dezembro, os Amigos do Iglo foram à Escola. Vestidos com o traje oficial, acho que se pode dizer assim com toda a justiça, casacos, luvas, fatos macaco, cachecóis, botas… (pelo menos até alguém tem a brilhante ideia de, sei lá, fazer um uniforme das “Confecções Iglo”… Miguel?… Cláudia?… alguma ideia?!) partimos para o nosso ambiente natal. Por outros palavras, e para ser mais sintético, em três palavras: neve, monte e frio. Esqueci-me de algo? Ah… mais frio e mais neve… Sim, daquela que vem mesmo do céu, que cai portanto, que se vê, que se pode tocar (e sentir os dedos a congelar, então?! deixar de os sentir, pronto), e que faz fugir (é tudo muito bonito e tal mas acaba por molhar…)


O destino desta aventura de fim-de-semana (sem ser de fim-de-semana, completamente) foi uma terra perdida algures no meio de nevoeiro e de monte, Almofrela. (Almo… quê?) Almofrela, uma pequena povoação no meio da Serra da Aboboreira (é só nomes criativos), lá para os lados de Baião (?!) Sim, Baião… para se orientarem: é logo a seguir a S. Martinho de Recesinhos. (muito melhor ah?). Fomos levados por um único caminho de terra, ou de lama e gelo, mesmo para o centro da população, para a antiga Escola de lá, gentilmente cedida pela Câmara de Baião (já valeu a pena o Miguel começar a namorar…).