quinta-feira, 30 de agosto de 2007

os Pauliteiros de Santiago | dia 3 - ai...tão lindo!!!

Etapa 3 | Redondela a Pontevedra





“Um escuteiro dorme sempre com um olho aberto e outro fechado!”


…e às vezes mesmo que não se seja escuteiro também dá um certo jeito fazer isso…


Pois a noite no albergue de Redondela foi bastante animada. Enquanto uns estabeleciam connects com o Frango, fazendo com que o rapazito aceitasse carregar o pijama de estimação até ao albergue seguinte, outros contactavam com loiras de 50 anos com problemas podológicos…

Apesar do repouso, a partida matutina deixava transparecer já algum cansaço…afinal estávamos a meio da viagem, na terceira etapa, altura em que, pela informação que nos tinham dado, a mochila já deveria fazer parte do nosso corpo… mas a maior parte de nós ainda estava como no anúncio do pilhão… o primo da tia da sogra do cão do vizinho já viu um…mas eu não…

Para além disso alguém tinha, inadvertidamente por certo, levado a t-shirt da seta amarela da Cláudia… e esta não era uma t-shirt qualquer! Era a t-shirt da seta amarela da Cláudia! (como vêem, neste grupo, é muita a gente que traz roupa de estimação pró caminho…)… vai daí a Cláudia achou por bem, inadvertidamente, levar a t-shirt que tinha ficado no estendal junto do sítio onde estava a dela… gentes, a coisa resultou! É verdade que deu um certo trabalho andar de t-shirt na mão ó tio, ó tio, de quem é esta t-shirt… mas compensou… a dona da t-shirt lá se acusou (por acaso uma das escuteiras a quem este site já dedica músicas e tudo, tsss…) e a nossa Cláudia pôde fazer com ela uma triunfal entrada em Santiago na última etapa do nosso caminho…


…mas estou a saltar a história…


A etapa, apesar de não muito longa, vir-se-ia a revelar como uma das mais difíceis de fazer, acima de tudo por causa das bolhas que não davam descanso… e de uma chuvita, que degenerou em chuvada, já à porta do albergue de Pontevedra…

O albergue só abria às duas e por isso as nossas mochilas ficaram à porta, na fila, a guardar vez…

...assim que a chuva abrandou tratamos logo de contactar o Frango, para saber se a encomenda tinha chegado ao seu destino sã e salva… - qual encomenda?...

- como assim qual encomenda, então gente não te deu um pijama?...

- sim, mas isso foi ontem! eu hoje deixei-o lá, no albergue de Redondela…

- deixaste-o no albergue???? mas era pra tu trazeres até aqui hoje!!!!...

- mas eu deixei em cima da cama, achei que vocês iam ver, tava mesmo ao vosso lado…

- aaaaahhhhhh!!!!!!

(não sei se já referi: este era um pijama com valor sentimental)

ok, correu mal… primeira coisa a fazer, insultar o Frango; segunda coisa a fazer, insultar o Frango; terceira coisa a fazer, insultar o Frango; quarta coisa a fazer, ligar para o albergue de Redondela e pedir se encontram e guardam o pijama e se o enviam para Portugal à cobrança; quinta coisa a fazer, insultar o Frango; sexta coisa a fazer, prometer comprar um pijama novo, sétima coisa a fazer, insultar o Frango…


Enquanto isso, a secção masculina dos pauliteiros tinha chamado a si a árdua tarefa de ir às compras e cozinhar o almoço… não fosse o diabo tecê-las como no dia anterior… a coisa estava demorada devido a um problema técnico no fogão… uhm, ahm… pra que lado é o máximo? após uma hora de tentativa infrutífera de pôr a ferver uma panelita de água lá nos ocorreu que o máximo devia ser para o outro lado…


valeu-nos o simpático casal espanhol, mais os seus dois filhos, um dos quais, o Noel, fazia anos, (um gajo chamado Noel cá pra mim faz anos todos os dias, mas…) que nos veio pedir (certamente inspirados pela nossa bela performance musical em Redondela, no dia anterior) se não tocávamos o “Parabéns a você”, que é como quem diz o “Cumpleaños feliz”… havia uns mini bolos muito saborosos que marcharam logo, tal era a fome…

...pois, porque com o fogão e tal e coisa e coisa e tal acabámos por almoçar às 6h da tarde… a coisa àquela hora podia cair mal no estômago, já estávamos há muito tempo sem comer… vai daí a malta lembrou-se de oferecer um digestivo…


Afinal o pijama sempre tinha vindo para Pontevedra! E às costas do respectivo dono! Tudo obra do escuteiro sempre alerta! E para garantir que o digestivo caía mesmo, mas mesmo bem no estômago da malta, toca a cantar uma musiquita, acompanhados pelo Frango, mais o grupo das escuteiras… assim um buraco, daqueles onde se enfiar toda lá dentro, era o que muito boa gente queria…


“ ♫ Então, pensem, pensem bem melhor… ♪ ”


Não havia muito por onde escolher... primeira coisa a pensar, insultar os gajos; segunda coisa a pensar, insultar os gajos; terceira coisa a pensar, insultar a ascendente feminina dos gajos; quarta coisa a pensar, insultar o Frango mais as gajas das escuteiras; quinta coisa a pensar, insultar a ascendente feminina do Frango mais das gajas das escuteiras;… a fazer: ligar pró albergue de Redondela e explicar que afinal ah, uh… o pijama estava connosco…


Depois disso estávamos a precisar todos de arejar ideias… vai daí fomos de excursão ao Froiz (super da nossa peregrinação) comprar qualquer coisita pró dia seguinte, que pró momento o estômago ainda não aguentava, e já que lá estávamos acabámos por ir conhecer a lindíssima cidade de Pontevedra…

De volta ao albergue, mais um round de ternura com o fogão (se há coisa de que não nos podem acusar é de falta de persistência!) desta vez para fazer um chazinho pra compor o estômago… aproveitamos o convívio do tea e ficamos a conhecer melhor o Pai do Filho, outro ilustre membro do grupo do Frango e das escuteiras, que nos garantiu a pés juntos não ter tido nada a ver com a música de triste memória… esta gente neutra, tssss, sinceramente, se fosse eu tinha vergonha…


E nessa noite… desta vez toda a gente dormiu com um olho aberto e outro fechado!…

Os Pauliteiros de Santiago | dia 2 - ai bolhas!!!

Etapa 2 Porriño a Redondela





A primeira noite do resto da nossa viagem revelou o que já de antemão se sabia: há quem ressone e há quem rrrrrrressone… Valeram os tampões para os ouvidos para quem quis ter uma noite tranquila.

A etapa que se avizinhava era conhecida como “a da subida” (não que o caminho português tenha subidas dignas desse nome, mas sempre custa um bocadito). Foi aí que o Artur começou a desfiar o rol de tradições que já leva destas lides (e são muitas): com uma malga de vinho tinto pró caminho a malta faz uma subida, faz duas, faz três… faz aquelas que forem precisas!... e sempre a cantar; ah pois é… que alguém se lembrou de apostar que a malta não conseguia cantar a plenos pulmões e subir ao mesmo tempo… falha grave…

...o comboio foi a apitar pela ladeira acima e quando finalmente se cansou (o que demorou uma eternidade!) veio substitui-lo um tal de barquinho que ninguém chegou muito bem a perceber como é que funcionava (nem mesmo alguns dos cantores do dito) mas que conseguia a proeza de nos fazer pensar: “volta comboio, estás perdoado!”

A chegada a Redondela foi cedinho e até deu tempo de ir comprar umas verduras para o almoço (façanha que não tornaríamos a repetir a pedido do estômago de várias famílias… mais concretamente das famílias dos tomates…) que foram preparadas e degustadas no Albergue. Aí sim, já com espaço e tempo, tiraram-se a viola e o cavaquinho do saco e deu-se espectáculo para todo o albergue ouvir, quer quisesse, quer não… nós, no iglô, somos democráticos!

E foi após este tempo de operação triunfo, em que os nossos músicos brilharam que nem umas estrelas junto de um grupo de escuteiras portuguesas, (também diga-se em abono da verdade que não havia muito mais por onde brilhar…) que os caminhos dos pauliteiros de Santiago se separaram pela primeira vez… havia quem quisesse ir à praia… e havia quem quisesse ficar em casa a tratar das bolhas e a fazer connects… a parte da praia correu muito bem… estavam lá três monstros a nadar na água, com uma cabeleiras feitas de algas e olhares esgazeados, mas depressa se veio a comprovar que eram inofensivos…

...a parte dos connects correu ainda melhor! É verdade, foi em Redondela que travamos conhecimento com o Frango… figura que se viria a tornar essencial para o urdir da teia que cada vez mais nos enrolava…

Parece que o dito cujo mocito que tinha perdido certos itens de roupa no dia anterior levou a coisa a peito… “as mochilas são sagradas!”… sábias palavras… mas que não surtiram o devido efeito… nessa mesma noite outro item desaparecia da mochila (agora de um outro mocito, pra não ferir susceptibilidades…): um pijama senhoras e senhores!... e não era um pijama qualquer… era um pijama com valor sentimental! Nessa noite o dito moço adormeceu menos confortável, menos aconchegado no seu pijama do sentimento… sem saber que o seu pijama se preparava para iniciar uma ousada odisseia que haveria de mudar o rumo da nossa viagem… e da do Frango…


p.s. Miguel dedica "pedacinho de Deus" às meninas escuteiras...

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

os Pauliteiros de Santiago | dia 1 - ai costas!!!


Etapa 1 De Valença a Porriño








O mês de Agosto ia já bem adiantado quando nos pusemos a caminho de Santiago de Compostela.

Mas a história desta viagem começa umas semanitas antes, com um certo e-mail que dizia “ah e tal… e se fôssemos de mochilas às costas?”. A ideia começou a ganhar adeptos (esta parte vai ser veementemente negada por algumas pessoas), e ferrenhos, pois após intensas negociações, quando finalmente já tínhamos carro de apoio e condutores (deixem-me enfatizar o plural) pró mesmo, eis se não quando a malta decide “ah e tal… e se fôssemos de mochilas às costas?”.

E foi assim que, após preencher um extenso questionário, seleccionamos os 8 intrépidos aventureiros que iriam figurar nos anais da história como os pioneiros do iglô a ir a Santiago de Compostela com mochilas às costas e cajados na mão: o Miguel, a Daniela e a Sandra (os verdadeiros), mais a Isabel, a Cláudia, a Mafalda, o Júlio e o Artur.

Arrancamos cedinho da estação de Campanhã, rumo a Valença, num comboio apinhado de gente e mais gente, que, pensámos nós, seguia para Viana do Castelo, prás Festas da Senhora da Agonia. Em agonia já estávamos nós dentro daquele comboio, e a coisa só piorou quando descobrimos que afinal aquela gente toda não ia sair em Viana… O cavaquinho foi animando o pessoal… pelo menos o pessoal que não dormia… e os restantes passageiros… a viagem prometia espectáculo musical!




Chegados a Valença toca a ter o primeiro round de ternura com as respectivas mochilas. O caminho levava directamente à ponte para passar pra Espanha, mas não quisemos deixar a lusa pátria sem antes carimbar as nossas compostelas… e toda a gente tinha consigo a sua compostela, certo?... errado! mas a compostela do ano passado tinha vindo! que é que julgam? que a malta anda a dormir?

Lá improvisámos um caderno com os dados do faltoso compostelano (que por acaso era dos verdadeiros, só pra que conste, tá?, que isto de ser dos verdadeiros… bem, pra bom entendedor…) e passámos finalmente a terras espanholas onde iríamos seguir até Porriño.
Claro que passar a terras espanholas significa avançar o relógio uma hora, o que significa que já era hora de almoço… e assim começou a nossa viagem: com um piquenique de leitão e folhado de marisco…



















Logo a seguir veio a parte mais aguardada: andámos, andámos, andámos… depois de fazermos isso ainda andámos andámos, andámos… e como já estávamos cansados de andar decidimos parar. Foi então altura de saudar a primeira bolha da viagem: parabéns à Sandra, a feliz contemplada! (outra dos verdadeiros… tão a topar o padrão?).























Quando finalmente vencemos a recta de Porriño e chegámos ao Albergue nem queríamos acreditar que tínhamos sobrevivido ao primeiro dia! Para retemperar as forças fomos dar uma voltita pela cidade, beber umas cañas e fazer umas figuras tristes com estátuas e fotofichas e assim…

Mas o descanso foi só do corpo, que a mente, essa, trabalhava a mil… e logo nessa primeira noite começou-se a urdir a teia que haveria de nos envolver nos dias seguintes… tirou-se uma roupita da mochila de um mocito, meteu-se a dita roupita na mochila de outro e… ah! querem saber o que aconteceu quando os ditos mocitos descobriram?... pois, a gente conta… mas só na próxima etapa…c

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Um cheirinho a Santiago...

Os amigos do Iglô partiram uma vez mais a conquista do mundo...

Desta vez partimos em direcção a Santiago de Compostela percorrendo o Caminho Português desde Valença do Minho até Santiago...


Vivemos momentos e sensações que muito nos marcaram e que nos fazem recordar a alegria de caminhar JUNTOS.

Assim como aperitivo da nossa aventura e como homenagem aos OITO Pauliteiros de Santiago, no blog pode ouvir-se uma música que nos acompanhou durante o caminho.

Ouçam-na com atenção e sorriam porque nós também o faremos...

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Diz que é uma espécie de relato… de uma aventura in serra da Freita



O dia amanheceu cinzento, com uma morrinha ameaçante… mesmo assim houve quem palpitasse que “isto já abre”… Não abriu.
Depois de uma breve meia de leite com torrada lá nos pusemos a caminho, por estradas nacionais (que é como quem diz por montes e vales) até Arouca, essa bela localidade.
Quando chegámos nem queríamos acreditar: 9 camionetas, a maior parte delas de 50 lugares, paraditas em frente à Câmara, a carregar pessoal! Lá nos abancámos na cozinha de uma, sentados junto a um… geólogo (uma espécie que, diga-se, o Artur procurava avidamente desde que chegámos à camioneta).
Ao chegar ao local do início da peregrinação (Fuste), após uns breves metros de caminhada (e após a passagem por uma casa antiga que deixou o Nando e o Artur de olhos em bico – o Nando porque achava que dava uma excelente casa, o Artur porque o muro dava uma excelente parede de rappel) fomos surpreendidos por um docíssimo mata-bicho: broa com mel e aguardente com, adivinhem?, pois,… mel! Eu fiquei-me pela broa (àquela hora da manhã…) mas diz quem provou que a aguardente escorregava…


Aí sim, compostos com a energia da bebida e do mel, lá começamos o percurso, que nas próximas duas horas e meia nos ia levar às antigas minas de volfrâmio.
Minas, minas, assim mesmo minas… não vimos. Mas a paisagem era lindíssima, passamos por, pelo menos, duas quedas de água em que valia a pena dar um mergulho (sob outras condições climatéricas) e ficamos com vontade de explorar outros caminhos da região.
Com tanta gente a aderir à inauguração deste caminho, que recebeu o pomposíssimo nome de “Rota do Ouro Negro”, a fila de pessoas que se via a atravessar a serra era outro espectáculo digno, a par da paisagem. Até onde a vista alcançava era gente, e mais gente e mais gente… em fila indiana, uns atrás dos outros.



No final do percurso (Rio de Frades), onde era suposto almoçarmos, a morrinha cansou-se do chove não molha e aderiu ao esquema do chove e molha. Lá procuramos abrigo no alpendre de uma casa onde, estendendo no chão a toalha de praia, começamos a degustação de um excelente pão com chouriço, seguido de uma meloa, que ao que parece estava bem boa, mas que acima de tudo deu para as asas da imaginação correrem soltas… em alguns casos foi um autêntico sprint!



Daí até à camioneta que nos havia de trazer de volta até Arouca foi um salto. Desta vez, já debaixo de chuva intensa, lá entramos para uma camioneta apinhada de gente. Eu ainda consegui um lugarzito apertado lá atrás… os moços ficaram em pé, pois claro… e quase que levavam com o conteúdo estomacal de um outro mocito… valeu a táctica do Artur, não aquela do encosta e fecha os olhos, mas a do abre tudo pra entrar frio e chuva que o gajo arrebita.
Passado esse momento de aflição, e ainda com a tarde toda pela frente, já estávamos prontos para continuar a nossa visita à Freita, desta vez rumando ao Centro de Interpretação Geológica de Canelas que, só pra não variar, estava fechado.

Ficamos pelas redondezas à cata de fósseis e apanhamos alguns bem catitas, que neste momento ganham raízes no quintal do Artur.
Na volta ainda houve tempo para parar nos doces típicos e comer uma morcela doce (docinha, docinha) e umas castanhas doces…, tudo bem regado com um bom vinho do Porto (que já andava há alguns dias debaixo do banco do morto, no carro do Nando e passou para o do Artur) e para fazer um assalto à cerejeira da casa da tia do Artur, onde saltámos o muro, subimos à árvore, e demos um desbaste à coitadita que já se vergava sob o peso de tantos frutos (honestamente, foi uma obra de caridade).


E este foi mesmo só o relato do início porque a promessa de voltarmos todos juntos a este trilho da serra foi selada com... sangue?!?... nã... mas vamos voltar e vamos todos... nem que chovam picaretas!!!

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Dois anos depois...

Hoje, dia 8 de Agosto, é uma data que diz muito aos Amigos do Iglô!! Faz hoje exactamente dois anos que partimos para uma aventura que marcou as nossas vidas, as Jornadas Mundiais da Juventude em Colónia.

Foi uma experiência muito enriquecedora, na qual tomamos contacto com outras culturas (a alemã principalmente!! quem disse que os alemães não gostam de festarolas...) e vivemos muitos outros momentos que nunca mais nos vamos esquecer.

Passamos 15 dias na Alemanha, uma semana em Paderborn e a outra em Troisdorf ( perto de Colónia ).



Em Paderborn fomos acolhidos pelas paróquias daquela cidade, e surpresa das supresas fomos acolhidos de uma forma tão sentida que esses quatro dias que passamos em Paderborn foram muito marcantes para todos. A despedida de Paderborn foi um momento lindo e o hino de Paderborn tocou o fundo dos nossos corações. Talvez um dia voltemos a Paderborn!!

Partimos então para Colónia que já se encontrava em alvoroço. Nessa semana, aproveitamos para visitar Bona, Dusseldörf e claro Colónia com a sua famosa Catedral.


Finalmente no fim de semana juntamente com 2 Milhões de Jovens estivemos no Campo de Maria onde juntamente com o Papa Bento XVI mostramos ao mundo a fé dos Jovens de Todo o Mundo.


Mas o maior tesouro que trouxemos de Colónia foram as amizades que começamos a construir em tão longinquo lugar.

Foram as JMJ que NOS JUNTARAM e foi a partir delas que fizemos os alicerces do nosso Iglô!

Não podia deixar passar esta efeméride que tanto nos diz!! E agradecer todos os momentos fantásticos que vivemos juntos ao longo destes dois anos...

domingo, 5 de agosto de 2007

Little Cláudia!!



Para quem não sabe esta pequena artista apenas se limita a imitar a VERDADEIRA artista, Cláudia Gouvinhas.

Posso garantir que a miúda faz uma imitação muito razoável mas ninguém consegue apagar a estrela da Cláudia!!

;-)

sábado, 4 de agosto de 2007

Simplesmente Pitões das Júnias!!

Nós, os do iglô quentinho, gostamos de passear. Não importa muito para onde, só importa que o façamos juntos. Mas, para quem gosta de conhecer lugares novos, há um que se tornou especial. Lugar longínquo e uma estrada com demasiadas curvas para lá chegar. No entanto, o que está no fim da estrada é melhor do que esperado e é uma aldeia chamada Pitões das Júnias. Antes de começar a contar as histórias que temos por aquelas bandas vou apresentar a terra que nos acolhe nesta viagem.

Pitões das Júnias é uma freguesia do concelho de Montalegre com cerca de 200 habitantes situada no norte de Portugal, dentro do Parque Nacional Peneda-Gerês, na região de Barroso, Trás-os-Montes. A sua localização no extremo norte de Portugal, o clima inóspito no Inverno e a consequente imigração contribuíram para que a aldeia mantivesse a sua pequena população e o aspecto medieval. E, é a aldeia, repito aldeia, mais alta de Portugal!


As viagens a Pitões são quase sempre tortuosas, a curva e contra-curva não ajuda muito à digestão de lanches dentro do carro, perguntem às meninas que iam comigo. Acho que a dada altura a Joana começou a ficar verde… E, foi quando já estávamos mesmo a entrar na aldeia, que encontramos as representantes do maior grupo de habitantes da aldeia: AS VACAS! Curvas à parte, vários caminhos trocados à parte, e paragens em Boticas à parte, lá conseguimos chegar ao destino com duas horas de atraso.

Após a viagem o que apetece mesmo é descansar um pouco, e foi o que fizemos. Numa casa mais ou menos acolhedora e razoavelmente agradável aos olhos, montámos a “tenda” e comemos uma bela refeição, antes de abancarmos por tempo indeterminado no sofá da sala!

Esta foi a terceira vez que nos juntámos em Pitões, e desta vez estava sol, era Verão, esperávamos calor e, muito tempo para a aventura. Então, depois de uma noite de sono e de um pequeno-almoço tardio, lá fomos nós, a pé, à conquista de vales e montanhas!
Desta vez queríamos ver a cascata. Por isso, primeiro fomos ao miradouro ver onde ela estava na montanha. Depois, fomos ver como era a cascata onde ela se começa a dividir em várias mais pequenas, no fundo do vale. E, lá fomos! Como não conhecíamos o caminho muito bem, perguntamos a uma habitante local, uma nativa, como é que lá chegávamos, e disseram-nos para virar sempre à esquerda. E foi o que fizemos. Mas, como sempre, as indicações não foram as mais correctas já que o sempre à esquerda nos levou literalmente ao meio do mato, com muitas silvas e urtigas. Ai!! Eu posso dizer que eram silvas e urtigas porque fiquei com a marca de algumas nas pernas, e aquilo arde que se farta! A dada altura do percurso fomos dar com um caminho de terra batida, larga e sem qualquer vegetação perigosa para pernas descobertas… O passeio no meio do mato foi divertido, mas passava muito bem sem as feridas nas pernas, bastava para isso termos seguido o caminho certo, aquele largo e de terra. Depois, de entrarmos no caminho certo, demoramos muito pouco a chegar ao rio que vinha da cascata, e por aí ficamos algum tempo a apreciar o local. Que por sinal é um dos sítios mais bonitos que já fomos!




Depois do regresso suado a casa e de um bom almoço, fomos até Montalegre. Este fim-de-semana era de festa em Montalegre, havia a feira do Esconjuro! E, como é óbvio, nós fomos visitar a feira, que afinal não era só do esconjuro era também a feira da vitela… Não há nada como um talho ao lado da banca de cristais da Simara... Que medo! Depois da visita à cidade e ao castelo regressamos a casa. E chegamos todos a salvo, até a entidade estranha que decidimos levar na mala do carro...






Durante o jantar de sábado, o Manu Miguel ficou com calor e decidiu abrir as cortinas, não a janela, as cortinas… Achando o facto deveras estranho, decidimos investigar e fomos dar com o Manu Artur escondido. Manu este, que devia estar a trabalhar como um mouro, mas decidiu apanhar ar, em vez disso! Assim, com os elementos mais antigos dos amigos do Iglô reunidos, a noite correu bem, foi gira, cheia de histórias e de palavras…

No dia seguinte, como não podia deixar de ser, estava a chover em Pitões das Júnias. Porque Pitões sem chuva, não é Pitões! Poohh!!! Assim, a manhã foi passada no conforto do lar, entre uma refeição e outra.















Entretanto, chegou a hora da partida. De regresso a casa, à rotina do dia a dia. Ficam as memórias de momentos bem passados num dos paraísos deste nosso Portugal interior. Sempre, é claro, na melhor companhia que uma pessoa pode desejar, os amigos do Iglô, quentinho!
Por tudo isto fiquem com inveja, muita inveja, e daquela bem verde…

Susete!

Uma aventura nas águas do Douro


Que bela aventura em que me meti, descer o Rio Douro em jangada.

Olha que isto, “cada macaco no seu galho”. Bem mas que aventura, com o apoio dos marinheiros, Artur, Joana Lopes, Nando, Beta,Fernando, Joana (loira), Miguel, Mafalda começou logo muito bem!
Mal pusemos a jangada no rio, fomos logo puxados para a barragem, teoria de uns é que deixámos de remar, teoria de outros visava a nossa bela vela que içámos a pedido das pessoas que estavam lá a ver (diga-se de passagem que a nossa vela era a mais linda de todas) depois de algum pânico da minha parte lá conseguimos por a jangada no sitio certo ou seja perto da margem. E lá fomos à procura da aventura, “não parem de remar”, “ o lado direito toca a remar mais e o esquerdo pára”,” ninguém rema??”, algumas das frases mais usadas nessa altura de remar.

De vez em quando ouvia-se alguém a dizer “recarregar baterias” ou seja toca a comer, sim e era em cima da jangada ou então ouvia-se “vá toca a tira fotos”, “quem tira fotos”. Mas lá continuámos nós a remar e a ver que nunca mais chegávamos ao ponto de chegada, e ainda faltava muito para tal.

Pronto, tivemos a nossa primeira paragem, o almoço que por acaso foi muito animado, até ouve musica, sim porque a nossa jangada tinha uma guitarra e arcas frigoríficas, um bidão para telemóveis máquinas fotográficas e afins, era sem dúvida a melhor. Passado algum tempo de descanso, lá nos fizemos ao rio, tínhamos mais uma etapa grande. E toca a remar, remar, remar, remar, ………………

E por fim chegamos (19h), cansados, estoirados e só com o desejo de dormir, ou seja, deitar, descansar para a etapa de domingo. Mas jantámos e fomos montar a casa sim porque a nossa casa tinha dois quartos e uma sala, tínhamos o plano dessa noite conviver, só que começou a chover e a nossa ideia foi por água abaixo (literalmente).

Domingo de manha, um sol radiante, e uma nova marinheira tinha chegado Cláudia, e nós prontos para mais um dia. Toca a remar “1 e 2”, “1 e 2”… e estávamos nós a remar quando o nosso amigo “São Pedro” fez das suas, e começou a chover, em pleno Rio Douro e diga-se que foi uma visão bonita e refrescante. Mesmo assim os marinheiros remavam sem parar e a nova aquisição Cláudia ajudava a remar quer dizer, tentava…mas remava muito pouco, o que ela fazia bem era estar sempre na letra, a cantar, e quando era para remar lembrava-se e dizia vamos ” lançar a vela”. Coitada quando dizia isso, alguém lançava uma olhar matador, e ela mudava de ideias...que remédio!!! E lá fomos nós a remar remar… remar… remar… remar Douro a baixo.

Passámos a primeiro ponte e depois a outra e assim sucessivamente, quando avistamos a ponte D.Luis ficamos todos mais empolgados, ou seja estávamos a chegar, finalmente… mas o melhor estava para vir, como tínhamos a vela maior e mais bonita, (acho que ainda não tinha referido isto), houve alguns pescadores que não acharam grande piada ás causas ambientais, porque o mastro ficou preso em duas das várias canas de pesca...que aflição...!

A intenção era sensibilizar as pessoas, queríamos que soubessem o porquê de algumas jangadas estarem no rio, como tal tínhamos que içar a vela. Um breve acordo com os bombeiros tornou isso possível, eles rebocavam-nos e nós içávamos a vela. E assim foi e toda a gente a pode ver, o objectivo foi cumprido... chegámos assim a margem do cais de Gaia.
Acabou assim a nossa aventura de marinheiros do Rio Douro…

Ps: esperem por mais aventuras nossas (o que não é novidade)… sim, porque nós não ficamos por aqui.

Beijocas para todos