quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Uma aventura a 1993 metros…




Esta é a primeira aventura que partilharemos com todos os que visitam o nosso blog. Com as nossas aventuras e desventuras queremos mostrar o quanto é importante a amizade que nos une e a alegria com que partilhamos esses momentos.

Esta foi uma aventura marcante, nela o Manu Artur e a nossa Loira de serviço, Joana G. assumiram-se sem reservas como membros dos amigos do Iglô, com todas as consequências que daí advêm.


Passemos então à história…

Era uma vez um grupo de amigos que de vez em quando lembra-se de se isolar nas montanhas deste Portugal.

Nesse longínquo fim-de-semana de Janeiro partiram rumo à aventura para o ponto mais alto de Portugal Continental, a Serra da Estrela. Os seis exploradores destemidos (Manu Nando, Manu Artur , Manu Miguel, Susete Melo, Claúdia e Joana Gouvinhas) percorreram os quatro cantos da Serra da Estrela, atravessaram o Rio Mondego com um só passo, subiram à nascente do Rio Zêzere no alto do Vale Glaciar, conquistaram a Torre e cantaram e encantaram no Sabugueiro.



Os destemidos exploradores começaram a sua expedição subindo a Serra a partir de Seia passando pela emblemática Cabeça do Velho. Com a alma de escuteiro do Manu Artur a impeli-los a descoberta, seguiram viagem até à nascente do maior Rio Português, o Mondego. Prosseguiram o seu caminho passando pelas Penhas Douradas de onde puderam contemplar Manteigas e o Vale Glaciar do Zêzere, onde teve lugar um acontecimento deveras caricato. Novamente com o Mondego a seus pés, o almoço foi muito bem-vindo. ;-)
Seguiu-se a visita a Manteigas onde efectuaram uma visita aos famosos viveiros de trutas. Aí treparam redes e molharam os pés para travar conhecimento com um casal de veados. A sua viagem continuou em direcção ao topo do Vale Glaciar, passando ainda pelo Poço do Inferno, uma cascata lindíssima perdida no meio da serra.

Finalmente chega o momento que todos ansiavam, o topo do Vale Glaciar, onde tinham decidido experimentar o Rappel. Acompanharam o rio Zêzere e subiram a encosta até ao rochedo que além de lhes proporcionar uma vista magnifica seria o sítio onde fariam tão radical actividade.
Depois de intensos treinos, eis que chega a hora de descer o rochedo.
Todos estão apreensivos mas ninguém mais do que o explorador que será o primeiro a descer a rochedo, aqueles 10 metros parecem-lhe um poço de 100, mas ele lá decide avançar. Os primeiros metros decorrem sem qualquer incidente, mas a pouquíssimos metros do chão algo acontece. Uma reentrância na rocha faz o nosso destemido explorador atrapalhar-se e a proferir uma frase que irá marcar para sempre aquela viagem: “ ARTUR, EU NÃO CONSIGO”.


O explorador ficou mesmo pendurado na corda mas conseguiu atingir terra firme com a ajuda da restante equipa, embora as pernas dele continuassem a tremer um pouco.
Depois deste episódio todas as outras descidas decorreram de forma tranquila.
Anoitecia na Serra e os destemidos exploradores partiram então para o seu IGLÔ na aldeia do Sabugueiro para o merecido descanso e para provarem umas iguarias preparadas com o máximo cuidado.
O Jantar consistia primeiramente num “Creme du Castanhe” ( que estava divinal, ou NÃO) e nuns rojões a moda da serra. Depois de tão reconfortante refeição o serão decorreu tranquilamente.

No dia seguinte, após um bom pequeno almoço, os exploradores partiram a descoberta da aldeia do Sabugueiro e da zona circundante. Acompanhou-os um cão da serra que carinhosamente apelidaram de Velho que os conduziu por aqueles trilhos que ele tão bem conhecia. Seguindo o Velho percorreram alguns quilómetros em volta da aldeia.



Após o almoço, os nossos aventureiros surpreenderam a aldeia com as suas músicas e a sua alegria. A população da pequena aldeia acorreu à rua procurando a origem desses acordes que traziam a irreverência dos nossos exploradores, daí avançaram para a derradeira conquista, os 1993 metros da Serra da Estrela.


No alto da Serra, encontraram um pouco de neve na qual fizeram as normais brincadeiras que todos fazem. Eles atiravam neve uns aos outros, escorregavam pela encosta em sacos plásticos ou pequenos trenós e finalmente também fizeram um boneco de neve. É claro que ao fim de alguns minutos já estavam todos molhados, no entanto nada podia faze-los parar. Os sorrisos de satisfação que todos tinham não deixava margens para dúvidas a brincadeira tinha que continuar enquanto fosse possível.




A noite aproxima-se e com ela a hora da partida dos nossos destemidos exploradores. Mudaram-se calças, secaram-se o máximo possível e partiram novamente, desta vez não para outro sitio da imponente Serra, mas para o seu dia a dia esperando ansiosamente a próxima aventura…..


FIM

P.S. Não percam as próximas aventuras, porque nós também não…

3 comentários:

Unknown disse...

miguel esse penteado fica te muito bem!
tavas lindo:)

muitos parabens a tds vos e fico aguardar por mais aventuras!

Susete disse...

Artur eu não consigo! Foi sem duvida a frase do fim de semana... Mas esqueceste-te de dizer que os que ficaram em cima estavam a ajudar-te a descer quase sem forças de tanto rir. Ai! Se calhar não era para dizer.Ups!!
Belo fim de semana que foi! Será que as próximas aventuras vão ser tão boas?? Desconfio que sim...
Boa Miguel, a coisa correu-te bem! A professora de português não vai ter muito que reclamar... ;)

cláudia disse...

Pois...aquela rocha...pois a culpa foi da rocha...só pode!Sim porque alguem a dois metros do chão tem que estar em pânico, só pode!Foi Lindo!! E a serra também!