sábado, 4 de agosto de 2007

Simplesmente Pitões das Júnias!!

Nós, os do iglô quentinho, gostamos de passear. Não importa muito para onde, só importa que o façamos juntos. Mas, para quem gosta de conhecer lugares novos, há um que se tornou especial. Lugar longínquo e uma estrada com demasiadas curvas para lá chegar. No entanto, o que está no fim da estrada é melhor do que esperado e é uma aldeia chamada Pitões das Júnias. Antes de começar a contar as histórias que temos por aquelas bandas vou apresentar a terra que nos acolhe nesta viagem.

Pitões das Júnias é uma freguesia do concelho de Montalegre com cerca de 200 habitantes situada no norte de Portugal, dentro do Parque Nacional Peneda-Gerês, na região de Barroso, Trás-os-Montes. A sua localização no extremo norte de Portugal, o clima inóspito no Inverno e a consequente imigração contribuíram para que a aldeia mantivesse a sua pequena população e o aspecto medieval. E, é a aldeia, repito aldeia, mais alta de Portugal!


As viagens a Pitões são quase sempre tortuosas, a curva e contra-curva não ajuda muito à digestão de lanches dentro do carro, perguntem às meninas que iam comigo. Acho que a dada altura a Joana começou a ficar verde… E, foi quando já estávamos mesmo a entrar na aldeia, que encontramos as representantes do maior grupo de habitantes da aldeia: AS VACAS! Curvas à parte, vários caminhos trocados à parte, e paragens em Boticas à parte, lá conseguimos chegar ao destino com duas horas de atraso.

Após a viagem o que apetece mesmo é descansar um pouco, e foi o que fizemos. Numa casa mais ou menos acolhedora e razoavelmente agradável aos olhos, montámos a “tenda” e comemos uma bela refeição, antes de abancarmos por tempo indeterminado no sofá da sala!

Esta foi a terceira vez que nos juntámos em Pitões, e desta vez estava sol, era Verão, esperávamos calor e, muito tempo para a aventura. Então, depois de uma noite de sono e de um pequeno-almoço tardio, lá fomos nós, a pé, à conquista de vales e montanhas!
Desta vez queríamos ver a cascata. Por isso, primeiro fomos ao miradouro ver onde ela estava na montanha. Depois, fomos ver como era a cascata onde ela se começa a dividir em várias mais pequenas, no fundo do vale. E, lá fomos! Como não conhecíamos o caminho muito bem, perguntamos a uma habitante local, uma nativa, como é que lá chegávamos, e disseram-nos para virar sempre à esquerda. E foi o que fizemos. Mas, como sempre, as indicações não foram as mais correctas já que o sempre à esquerda nos levou literalmente ao meio do mato, com muitas silvas e urtigas. Ai!! Eu posso dizer que eram silvas e urtigas porque fiquei com a marca de algumas nas pernas, e aquilo arde que se farta! A dada altura do percurso fomos dar com um caminho de terra batida, larga e sem qualquer vegetação perigosa para pernas descobertas… O passeio no meio do mato foi divertido, mas passava muito bem sem as feridas nas pernas, bastava para isso termos seguido o caminho certo, aquele largo e de terra. Depois, de entrarmos no caminho certo, demoramos muito pouco a chegar ao rio que vinha da cascata, e por aí ficamos algum tempo a apreciar o local. Que por sinal é um dos sítios mais bonitos que já fomos!




Depois do regresso suado a casa e de um bom almoço, fomos até Montalegre. Este fim-de-semana era de festa em Montalegre, havia a feira do Esconjuro! E, como é óbvio, nós fomos visitar a feira, que afinal não era só do esconjuro era também a feira da vitela… Não há nada como um talho ao lado da banca de cristais da Simara... Que medo! Depois da visita à cidade e ao castelo regressamos a casa. E chegamos todos a salvo, até a entidade estranha que decidimos levar na mala do carro...






Durante o jantar de sábado, o Manu Miguel ficou com calor e decidiu abrir as cortinas, não a janela, as cortinas… Achando o facto deveras estranho, decidimos investigar e fomos dar com o Manu Artur escondido. Manu este, que devia estar a trabalhar como um mouro, mas decidiu apanhar ar, em vez disso! Assim, com os elementos mais antigos dos amigos do Iglô reunidos, a noite correu bem, foi gira, cheia de histórias e de palavras…

No dia seguinte, como não podia deixar de ser, estava a chover em Pitões das Júnias. Porque Pitões sem chuva, não é Pitões! Poohh!!! Assim, a manhã foi passada no conforto do lar, entre uma refeição e outra.















Entretanto, chegou a hora da partida. De regresso a casa, à rotina do dia a dia. Ficam as memórias de momentos bem passados num dos paraísos deste nosso Portugal interior. Sempre, é claro, na melhor companhia que uma pessoa pode desejar, os amigos do Iglô, quentinho!
Por tudo isto fiquem com inveja, muita inveja, e daquela bem verde…

Susete!

3 comentários:

cláudia disse...

Meus Amigos...pena-se um pouco para chegar a Pitões, mas vale mesmo a pena!!! É sempre bom voltar com a certeza que passaremos horas intermináveis à mesa e que vamos adormecer no sofá tentando ver um qualquer filme. E com este pessoal tudo isto passa para segundo plano...porque nos temos uns aos outros!!!ih ih ih

Miguel disse...

Só tenho uma coisa a dizer:

" DEIXEM JOGAR O MIGUEL!!!"

e mais não digo...

Joana Gouvinhas disse...

por mim nao jogas mais miguel... nao dá...

pois tanto falaram em Pitões e finalmente...fui a esta terra tao bem falada... mas para ser sincera nunca pensei que custasse um bocado....mas digo que é lindo, fiquei fascinada e quero la voltar...
MALTA VAMOS LA...quero voltar