quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Os Pauliteiros de Santiago | dia 2 - ai bolhas!!!

Etapa 2 Porriño a Redondela





A primeira noite do resto da nossa viagem revelou o que já de antemão se sabia: há quem ressone e há quem rrrrrrressone… Valeram os tampões para os ouvidos para quem quis ter uma noite tranquila.

A etapa que se avizinhava era conhecida como “a da subida” (não que o caminho português tenha subidas dignas desse nome, mas sempre custa um bocadito). Foi aí que o Artur começou a desfiar o rol de tradições que já leva destas lides (e são muitas): com uma malga de vinho tinto pró caminho a malta faz uma subida, faz duas, faz três… faz aquelas que forem precisas!... e sempre a cantar; ah pois é… que alguém se lembrou de apostar que a malta não conseguia cantar a plenos pulmões e subir ao mesmo tempo… falha grave…

...o comboio foi a apitar pela ladeira acima e quando finalmente se cansou (o que demorou uma eternidade!) veio substitui-lo um tal de barquinho que ninguém chegou muito bem a perceber como é que funcionava (nem mesmo alguns dos cantores do dito) mas que conseguia a proeza de nos fazer pensar: “volta comboio, estás perdoado!”

A chegada a Redondela foi cedinho e até deu tempo de ir comprar umas verduras para o almoço (façanha que não tornaríamos a repetir a pedido do estômago de várias famílias… mais concretamente das famílias dos tomates…) que foram preparadas e degustadas no Albergue. Aí sim, já com espaço e tempo, tiraram-se a viola e o cavaquinho do saco e deu-se espectáculo para todo o albergue ouvir, quer quisesse, quer não… nós, no iglô, somos democráticos!

E foi após este tempo de operação triunfo, em que os nossos músicos brilharam que nem umas estrelas junto de um grupo de escuteiras portuguesas, (também diga-se em abono da verdade que não havia muito mais por onde brilhar…) que os caminhos dos pauliteiros de Santiago se separaram pela primeira vez… havia quem quisesse ir à praia… e havia quem quisesse ficar em casa a tratar das bolhas e a fazer connects… a parte da praia correu muito bem… estavam lá três monstros a nadar na água, com uma cabeleiras feitas de algas e olhares esgazeados, mas depressa se veio a comprovar que eram inofensivos…

...a parte dos connects correu ainda melhor! É verdade, foi em Redondela que travamos conhecimento com o Frango… figura que se viria a tornar essencial para o urdir da teia que cada vez mais nos enrolava…

Parece que o dito cujo mocito que tinha perdido certos itens de roupa no dia anterior levou a coisa a peito… “as mochilas são sagradas!”… sábias palavras… mas que não surtiram o devido efeito… nessa mesma noite outro item desaparecia da mochila (agora de um outro mocito, pra não ferir susceptibilidades…): um pijama senhoras e senhores!... e não era um pijama qualquer… era um pijama com valor sentimental! Nessa noite o dito moço adormeceu menos confortável, menos aconchegado no seu pijama do sentimento… sem saber que o seu pijama se preparava para iniciar uma ousada odisseia que haveria de mudar o rumo da nossa viagem… e da do Frango…


p.s. Miguel dedica "pedacinho de Deus" às meninas escuteiras...

2 comentários:

Unknown disse...

acho k enquanto n pararem c relatos...vou deixar de vir aki...:(:(:( coço me td d inveja................... tou adorar os relatos a serio!!!!

ps: tb adoro pedacinho d deus

cláudia disse...

Meninas...eu recomendo as extensões pós gaijos, ficam bem de cabelo longo...
abaixo as depilações, vivam as extensões...